Folha de S. Paulo


Todos estão sujeitos a inspeções extras em viagens, diz embaixada dos EUA

Susan Walsh - 25.jan.2016/Associated Press
Passageiro circula pelo terminal de embarque do aeroporto Ronald Reagan, em Washington
Passageiro circula pelo terminal de embarque do aeroporto Ronald Reagan, em Washington

A embaixada dos EUA em Brasília lamentou nesta quarta (23) que o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Hussein Kalout, tenha sido impedido de embarcar em um voo para Miami, mas informou que todos os viajantes ao país estão sujeitos a inspeções adicionais.

Em nota, o corpo diplomático relembra declaração do então secretário de Segurança Doméstica, John Kelly, de que haveria reforço nas medidas de segurança em voos de todo o mundo com destino ao território americano.

"Lembramos que passageiros indo para os EUA devem se preparar para um processo de inspeção mais extenso."

Na ocasião, o hoje chefe de gabinete de Donald Trump anunciou que seria proibido o embarque de notebooks e tablets como bagagem de mão em voos vindos do Oriente Médio, medida que meses depois foi estendida.

"Qualquer passageiro, incluindo cidadãos norte-americanos, pode ser selecionado aleatoriamente para medidas adicionais que não discriminam qualquer raça, etnia ou religião", diz a nota.

Na segunda (21), Kalout foi impedido de embarcar em um avião da American Airlines no aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, quando se dirigia a Nova York para participar de eventos no Council on Foreign Relations.

O secretário afirma ter sido retido por um funcionário da empresa já na ponte de embarque, que lhe ordenou a ser submetido a uma inspeção especial "por ordens do governo americano".

Kalout se negou a fazer o procedimento e disse ter sido discriminado por ter nome árabe. Ele cancelou todos os seus compromissos nos Estados Unidos.


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