Folha de S. Paulo


Suspeitos de envolvimento com ataque de Barcelona vão a tribunal em Madri

Quatro homens acusados de pertencerem a uma célula terrorista responsável pelo ataque com uma van que matou 13 pessoas em Barcelona na semana passada compareceram a um tribunal nesta terça-feira (22), um dia depois de o suposto motorista ter sido morto a tiros pela polícia.

Os quatro, os únicos ainda vivos entre os 12 suspeitos que se acredita terem composto o grupo, foram levados de Barcelona a Madri e chegaram à Suprema Corte, que lida com casos de terrorismo, em um comboio de veículos policiais com as sirenes ligadas.

Na segunda-feira (21) a polícia matou a tiros o marroquino Younes Abouyaaqoub, 22, principal suspeito de ser o motorista da van que acelerou pela lotada avenida nas Ramblas, em Barcelona, na quinta-feira (17), deixando 13 mortos e mais de cem feridos de 34 países.

Depois do ataque, Abouyaaqoub esfaqueou um homem até a morte para roubar o seu veículo e escapar.

O jornal espanhol "La Vanguardia" afirmou nesta terça que Abouyaaqoub andou cerca de 40 quilômetros de Sant Just Desvern, uma cidade nos arredores de Barcelona onde descartou o carro roubado, até Subirats, onde foi baleado fatalmente.

Abouyaaqoub, que havia trocado de roupa, andou durante a noite e se escondeu durante o dia, disse o jornal, citando fontes envolvidas na investigação.

Carlos Mundo, principal autoridade judiciária do governo da Catalunha, disse que a polícia está investigando se Abouyaaqoub teve alguma ajuda enquanto esteve foragido.

"Está claro que ele deve ter tido alguma forma de logística", disse Mundo à Rádio Catalunha.

O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque com a van e por outro, ocorrido horas depois, na cidade litorânea turística de Cambrils, no sul de Barcelona.

Novamente um carro foi usado para atropelar as vítimas, e seus ocupantes saíram para tentar esfaquear pessoas. Os cinco agressores foram mortos pela polícia, e uma mulher espanhola morreu no ataque de Cambrils. Ao todo, 15 pessoas morreram nos atentados realizados na Espanha na semana passada.

Em pouco mais de um ano, militantes islâmicos usaram veículos como armas para matar quase 130 pessoas na França, Alemanha, Reino Unido, Suécia e Espanha.

Ataques na Catalunha


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