Pelo menos 37 presos foram mortos nesta quarta-feira (16) no centro de detenção de Puerto Ayacucho, na região amazônica da Venezuela, após um grupo de policiais entrar no local para conter uma rebelião.
O número foi confirmado pelo Ministério Público e pelas ONGs Observatório Venezuelano de Prisões e Uma Janela para a Liberdade, que monitoram o sistema carcerário. Outros 14 agentes penitenciários ficaram feridos.
O governador do Amazonas, o opositor Liborio Guarulla, afirma que 105 pessoas estavam na prisão. Não se sabia, porém, se entre os detentos havia pessoas presas em manifestações contra o regime de Nicolás Maduro.
Este foi o incidente mais mortal dos quatro que ocorreram nas prisões do país em 2017. Nove pessoas morreram em uma tentativa de fuga em Cumaná em junho e 12 em uma briga entre quadrilhas em Barcelona em abril.
Um mês antes, a polícia encontrou restos mortais de 14 pessoas em uma fossa comum feita pelos encarcerados na Penitenciária Geral da Venezuela, em San Juan de los Morros, fechada no ano passado.
A Janela para a Liberdade afirma que a população carcerária da Venezuela era de 88 mil no fim de 2016, contra 35 mil vagas nas cadeias. A maioria delas é dominada por quadrilhas e faltam comida e atendimento médico.