Folha de S. Paulo


General dissidente venezuelano é levado de presídio, diz jornal

Juan Barreto - 5.nov.2007/AFP
O ex-ministro da Defesa da Venezuela, Raúl Baduel (dir.), com Chávez em foto de novembro de 2007
O ex-ministro da Defesa da Venezuela, Raúl Baduel (dir.), com Chávez em foto de novembro de 2007

Membros da Direção de Contrainteligência Militar da Venezuela levaram, na madrugada desta terça (8), o general dissidente Raúl Baduel da prisão de Ramo Verde, afirmou o jornal venezuelano "El Nacional". Familiares e advogados de Baduel dizem não saber o seu paradeiro.

Antes de virar dissidente, Raúl Baduel foi um dos mais próximos colaboradores de Hugo Chávez, que governou a Venezuela de 1999 a 2013, tendo sido seu ministro da Defesa. A ruptura se deu em 2007, quando Baduel entregou o cargo de ministro por discordar de um projeto de reforma constitucional que pretendia aumentar os poderes presidenciais e decretar a Venezuela como Estado socialista.

Omar Mora Tosta, advogado de Baduel, qualificou o translado de sequestro. Segundo ele, o general foi levado à força e encapuzado.

"Responsabilizamos o regime e seus asseclas por tudo o que aconteça a meu pai", escreveu no Twiiter Adolfo Baduel, filho do militar.

Baduel foi preso em 2009, sob a acusação de ter desviado milhões de dólares do orçamento militar. No ano seguinte, a Justiça o condenou a oito anos de prisão.

Deixou a prisão de Ramo Verde, no Estado de Miranda, em agosto de 2015, em liberdade condicional, mas em janeiro deste ano foi novamente encarcerado por supostamente ter deixado de cumprir as condições da condicional.


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