Folha de S. Paulo


EUA e China iniciam novo diálogo diplomático nesta quarta-feira

A primeira reunião de um alardeado novo diálogo diplomático e de defesa entre Estados Unidos e China será realizada nesta quarta-feira (21) em Washington, anunciou o Departamento de Estado no fim da semana passada.

É provável que o programa de armamento nuclear da Coreia do Norte domine a agenda das conversações, que se seguem à declaração do chefe do Pentágono, Jim Mattis, a aliados asiáticos de que a iniciativa não comprometerá a oposição americana às atividades da China no Mar da China meridional.

O presidente Donald Trump, que atacou várias vezes a China durante a campanha eleitoral, pediu, por meio de Mattis, ajuda a Pequim para pressionar Pyongyang.

O secretário da Defesas e o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, receberão o conselheiro de Estado chinês Yang Jiechi e o general Fang Fenghui, chefe do Estado-Maior do Exército, juntamente com outros funcionários de ambas as partes.

A reunião tem como objetivo "ampliar áreas de cooperação e reduzir as diferenças em temas-chave de diplomacia e segurança", acrescentou o Departamento de Estado em um comunicado.

Carlos Barria - 7.abr.2017/Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o da China, Xi Jinping, durante a visita do segundo, em abril
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o da China, Xi Jinping, durante a visita do segundo, em abril

Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, acordaram o diálogo durante conversas bilaterais em abril na residência do presidente americano, em Mar-a-Lago, na Flórida.

Após se reunir com Xi, Trump –que uma vez acusou a China de "violar" os Estados Unidos– elogiou o líder como um "bom homem", alegando que seria inapropriado pressionar Pequim enquanto Washington busca sua ajuda junto a Pyongyang. 

Mattis abordou diretamente o assunto da Coreia do Norte durante uma importante cúpula da defesa da Ásia e do Pacífico no começo deste mês, qualificando as ambições nucleares norte-coreanas de "ameaça para todos nós", em um apelo pela unidade internacional.

"É imperativo que façamos a nossa parte, cada um de nós, para cumprir com nossas obrigações e trabalharmos juntos para apoiar nosso objetivo comum de desnuclearização da península da Coreia", disse Mattis no evento em Cingapura.

"O governo Trump se sente incentivado pelo compromisso renovado da China de trabalhar com a comunidade internacional na desnuclearização", acrescentou.


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