Folha de S. Paulo


Estado Islâmico matou mais de 200 civis em Mossul, diz ONU

O Estado Islâmico (EI) assassinou mais de 200 civis que tentavam fugir da cidade de Mossul, a segunda maior do Iraque, onde há conflitos entre a organização terrorista e forças americanas e iraquianas, informou nesta quinta-feira (8) a ONU (Organização das Nações Unidas), citando "relatos dignos de crédito".

Segundo um secretário da entidade, há uma "escalada significativa" de mortes civis na batalha pela cidade iraquiana, que conta com crianças entre as vítimas.

Os assassinatos aconteceram no bairro de Al-Shifa em 26 de maio, 1º e 3 de junho, afirmou o secretário.

"Relatórios credíveis indicam que mais de 231 civis que tentavam fugir do oeste de Mossul foram mortos, incluindo pelo menos 204 em três dias na semana passada", divulgou a entidade em comunicado.

"Crianças foram atingidas enquanto tentavam fugir com as suas famílias. Não há palavras de condenação fortes o suficiente para atos tão desprezíveis", afirmou o ex-Comissário para os Direitos Humanos Zeid Ra'ad Al Hussein da ONU.

Com o apoio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, o Iraque lançou em outubro de 2016 uma ofensiva militar de grande escala para recuperar Mossul e áreas vizinhas –os últimos grandes redutos do Estado Islâmico no país. A metade oriental da cidade foi declarada liberada em janeiro deste ano, e o "empurrão" para a metade ocidental começou no mês seguinte.

Em maio, a ONU estimou que cerca de 250 mil pessoas estão retidas em uma área densamente povoada de pouco menos de 20 km² e completamente cercada pelas forças iraquianas. Acredita-se que até 2.000 combatentes do EI continuem lutando. A falta de alimentos e os ataques aéreos e da artilharia são o maior drama relatado por quem consegue deixar Mossul.

O que é Estado Islâmico


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