Folha de S. Paulo


Escapei por minutos, diz brasileiro que mora perto do local dos ataques

Diana Brito/Folhapress
Executivo paulistano [da Loreal] escapa de ataque e diz que sinal telefônico não foi cortado na cidade como no ataque ao metrô de Londres em 2005 -- crédito - Diana Brito Folhapress
O executivo paulistano Valter dos Santos em Londres; ele diz ter escapado por minutos do ataque

O escritor e executivo brasileiro Valter dos Santos, 34, escapou por poucos minutos dos ataques que deixaram ao menos 7 mortos e 48 feridos na noite deste sábado (3), em Londres.

O paulistano mora no entorno do mercado de Borough e passou pelo local com o primo para seguir para casa à noite.

"Fui salvo por Deus, pois era para eu estar lá! Minutos depois de passar ali em frente, um amigo me ligou perguntando se eu estava bem".

Vivendo na cidade há mais de 12 anos, Santos disse ainda que, ao contrário dos ataques contra o transporte público londrino em 2005 (52 mortos), o sinal telefônico não foi cortado pelas forças de segurança desta vez. Assim que a polícia chegou, conta o brasileiro, todos os estabelecimentos da região se esvaziaram.

Os policiais solicitaram também que as pessoas que moram na região não voltassem para casa. Todo o entorno foi isolado logo depois para perícia e permanecia assim durante todo o domingo.

Por volta das 18h30 deste domingo (14h30 de Brasília), o clima ainda era tenso na cidade, com carros de polícia circulando de sirene ligada.

ATAQUES

Por volta das 22h locais deste sábado (18 horas no Brasil), dois ataques ocorreram em torno da ponte de Londres, que passa sobre o rio Tâmisa.

A polícia informou que três agressores foram mortos a tiros durante o confronto com agentes. Outros 12 suspeitos foram presos nas últimas horas.

Um carro branco, descrito como uma van, atropelou entre 15 e 20 pessoas sobre a ponte; homens com facas atacaram pessoas que estavam em um restaurante a poucas quadras do local, no mercado de Borough.

De acordo com os relatos, a van desviou da pista para a direita e seguiu em direção aos pedestres que caminhavam pela calçada.

Não estava claro se as ações teriam sido realizadas pelo mesmo grupo. Ninguém reivindicou os ataques até o momento.


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