Folha de S. Paulo


Conduta de Trump em conversa com russos foi 'apropriada', diz assessor

Shcherbak Alexander/Xinhua
(170510) -- WASHINGTON, D.C., mayo 10, 2017 (Xinhua) -- El presidente de Estados Unidos, Donald Trump (i), estrecha la mano con el embajador de Rusia en Estados Unidos, Sergei Kislyak (d), durante las conversaciones con el ministro de Relaciones Exteriores ruso, Sergei Lavrov, en el Despacho Oval de la Casa Blanca, en Washington D.C., capital de Estados Unidos, el 10 de mayo de 2017. El presidente de Estados Unidos, Donald Trump, enfatizó el miércoles su deseo de construir una relación mejor entre Estados Unidos y Rusia, dijo la Casa Blanca. En una reunión en Washington, D.C. con el ministro de Relaciones Exteriores de Rusia Sergei Lavrov, Trump planteó la posibilidad de una cooperación más amplia para resolver los conflictos en Medio Oriente y en otros sitios, indicó la Casa Blanca en una declaración. (Xinhua/Shcherbak Alexander/TASS/ZUMAPRESS) (jg) (ah) ***DERECHOS DE USO UNICAMENTE PARA NORTE Y SUDAMERICA***
Trump e o embaixador russo Sergei Kislyak em encontro na Casa Branca no último dia 10

O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, H. R. McMaster, disse, nesta terça-feira (16), que o presidente Donald Trump não comprometeu "de forma alguma" qualquer fonte ou método de inteligência durante sua conversa com o chanceler russo, Sergei Lavrov, na última semana.

Em 11 minutos de entrevista a jornalistas, McMaster repetiu dez vezes que a conduta de Trump foi "apropriada" ou "totalmente apropriada", mas se negou a confirmar se o presidente, de fato, revelou informação confidencial a Lavrov e ao embaixador russo, Sergey Kislyak.

Segundo reportagem do "Washington Post" publicada na segunda (15), o presidente teria repassado a eles detalhes altamente confidenciais sobre uma potencial ameaça da milícia terrorista Estado Islâmico (EI), sem a permissão do parceiro americano que entregou os EUA, por meio de um acordo, os dados de inteligência.

McMaster respondeu que "não discute o que é e o que não é confidencial" ao ser questionado especificamente se a revelação dos dados secretos ocorreu no Salão Oval da Casa Branca.

"O que eu digo é que, no contexto daquela discussão, o que o presidente discutiu com o chanceler foi totalmente apropriado para aquela conversa e é consistente com o compartilhamento rotineiro de informações entre o presidente e qualquer líder com o qual esteja comprometido", afirmou.

Diante da possibilidade de que a revelação feita por Trump comprometa a segurança de colaboradores de inteligência, McMaster disse que o presidente não sabia quem era a fonte da informação compartilhada com a Rússia. "O presidente nem sabia de onde essa informação veio. Ele não foi informado sobre a fonte ou o método que nos levaram a ela", declarou.

No entanto, McMaster sugeriu que Trump pode sim ter revelado aos russos a cidade, ocupada pelo EI, de onde partiram as informações de inteligência –uma das principais preocupações dos funcionários que vazaram a denúncia ao jornal.

"Todos vocês sabem o território que o EI controla. Se vocês tivessem que dizer de onde vocês acham que a ameaça veio, entre as cidades que o EI controla, vocês provavelmente seriam capazes de nomear algumas cidades", disse. "Então não é nada que vocês não saberiam."

Também nesta terça, durante pronunciamento coletivo com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, Trump foi questionado por jornalistas sobre o encontro com as autoridades russas, ao que ele respondeu: "Nós tivemos um encontro muito, muito exitoso com o chanceler da Rússia. Queremos o máximo possível de ajuda para combater o terrorismo".

Pouco antes, Trump havia dito que tem "direito absoluto" de compartilhar informações com a Rússia, sugerindo que pode ter realmente revelado dados confidenciais.

"Como presidente, eu quis compartilhar com a Rússia (em um encontro abertamente marcado na Casa Branca), o que eu tenho todo o direito de fazer, fatos relacionados a terrorismo e segurança em aviões. Razões humanitárias, além disso eu quero que a Rússia intensifique seu combate contra o EI e o terrorismo", afirmou o presidente.

Segundo o "Post", Trump informou a Lavrov e ao embaixador russo "detalhes de uma ameaça terrorista do EI relacionada ao uso de laptops em aviões".


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