Enquanto Marine Le Pen atraiu o voto de operários no primeiro turno da eleição francesa, Emmanuel Macron recebeu o apoio dos executivos, mostra uma pesquisa realizada antes da votação.
A sondagem foi feita pelo instituto Ipsos com 4.698 entrevistas no período de 19 a 22 de abril.
| Christian Hartmann/Reuters | ||
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| Emmanuel Macron e Marine Le Pen |
Entre os executivos, um terço manifestou preferência por Macron, e 14% por Le Pen. Ela obteve seu melhor desempenho entre os operários –37%, ante 16% que disseram preferir o centrista.
A candidata da direita ultranacionalista também angariou mais simpatia que Macron entre os desempregados –26% contra 14%–, atrás apenas do postulante mais à esquerda, Jean-Luc Mélenchon (31%).
Líder nas pesquisas de intenção de voto para o segundo turno, Macron atrai o eleitorado com maior renda e mais otimista.
Dos franceses que imaginam que a próxima geração viverá melhor, 35% o apoiam, índice que cai a 15% para Le Pen.
Dos que declaram ser muito difícil pagar as contas com sua renda, a maior fatia (43%) prefere a ultradireitista. Ela tem o apoio de 32% dos que têm renda menor que € 1.250 (R$ 4.236), contra 14% de Macron.
Os índices praticamente se invertem entre aqueles com rendimento superior a € 3.000 (R$ 10.166). Não por acaso, o centrista seduz também os eleitores mais escolarizados
Na soma, Macron aparece com um eleitorado mais diversificado do que a candidata da Frente Nacional, assinala o Ipsos, o que pode lhe dar uma vantagem em sua campanha pelo segundo turno, que ocorre no dia 7 de maio.
Não participarão da disputa os candidatos com as maiores taxa de apoio tanto entre os mais jovens como entre os mais velhos.
Na faixa dos que têm 70 anos ou mais, 45% preferem o conservador François Fillon, enquanto 30% dos de 18 a 24 anos manifestaram apoio a Mélenchon.