Folha de S. Paulo


Para Temer, órgãos internacionais não dão respostas para incerteza mundial

Em um discurso duro, o presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (20) que as instituições internacionais não têm oferecido as respostas esperadas para enfrentar um cenário mundial de "instabilidade" e "incerteza".

Em cerimônia de formatura de diplomatas, no Palácio do Itamaraty, o peemedebista citou os bombardeios na Síria e as ameaças da Coreia do Norte e ressaltou que "os focos de eferverscência geopolítica não dão sinais de ceder".

Segundo ele, em um cenário externo de "difícil compreensão", modelos políticos consolidados estão sendo contestados e "tendências isolacionistas fazem contrapeso a dinâmicas de integração que pareciam asseguradas".

"O extremismo violento ceifa a vida de homens, mulheres e crianças indistintamente. O terrorismo chega a cidades e povoados, presentes e ausentes de nosso imaginário geográfico. E as instituições internacionais, convenhamos, não oferecem tantas das respostas que todos nós buscamos, das respostas que precisamos", disse.

Segundo ele, as "agudas imprevisibilidades" do cenário internacional, têm causado "consternação" e "apreensão", o que demanda da política externa brasileira atuar sem voluntarismos e com "pés no chão". Para ele, os contornos mundiais a que estávamos acostumados, têm sem esgarçado.

"Nós vivemos, na verdade, tempos de incerteza e de instabilidade. A contestação de formas políticas consolidadas ganha terreno mesmo em democracias maduras e tendências isolacionistas fazem contrapeso a dinâmicas de integração que pareciam asseguradas. Do conflito na Síria até a península da Coreia, só para dar dois exemplos. Os focos de eferverscência geopolítica não dão sinais de ceder", disse.

Na quarta-feira (19), o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, prometeu uma "resposta esmagadora em caso de ataque" da Coreia do Norte. O país asiático tem ameaçado iniciar um conflito contra os Estados Unidos.


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