Folha de S. Paulo


Rússia classifica testemunhas de Jeová como 'extremistas' e ordena confisco

Ivan Sekretarev/Associated Press
Members of Jehovah's Witnesses wait in a court room in Moscow, Russia, on Thursday, April 20, 2017. Russia's Supreme Court has banned the Jehovah's Witnesses from operating in the country, accepting a request from the justice ministry that the religious organisation be considered an extremist group, ordering closure of the group's Russia headquarters and its 395 local chapters, as well as the seizure of its property. (AP Photo/Ivan Sekretarev) ORG XMIT: XIAS102
Testemunhas de Jeová em tribunal em Moscou nesta quinta (20)

A Suprema Corte da Rússia classificou nesta quinta-feira (20) as testemunhas de Jeová como uma organização "extremista" e determinou o confisco de suas propriedades pelo Estado.

Pela decisão, devem ser fechadas 395 filiais das testemunhas de Jeová no país, além de sua sede nacional.

Segundo a agência de notícias Interfax, a advogada do Ministério da Justiça Svetlana Borisova disse ao tribunal que as testemunhas de Jeová "representam uma ameaça aos direitos dos cidadãos, à ordem pública e à segurança pública".

Representante das testemunhas de Jeová, Sergei Cherepanov disse que o grupo pretende recorrer da decisão à Corte Europeia de Direitos Humanos. "Faremos o que for possível", disse, segundo a Interfax.

Diferentes países já emitiram decisões contra práticas das testemunhas de Jeová, como a rejeição ao serviço militar e a transfusões de sangue. A Rússia é o país que mais tem se empenhado em retratá-las como extremistas.

Conhecidas pela pregação de porta em porta, as testemunhas de Jeová são um grupo cristão criado nos Estados Unidos com cerca de 8 milhões de seguidores ao redor do mundo –175 mil deles na Rússia.


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