Folha de S. Paulo


Equador fará recontagem parcial de votos após denúncias de fraude

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador aceitou na noite desta quinta-feira (13) recontar parte dos votos da eleição presidencial de 2 de abril, cujo resultado foi contestado pela oposição.

Deverão ser recontados "em transmissão direta e ao vivo" 3.865 urnas com 1,2 milhão de votos, que correspondem a cerca de 12% do total –a oposição pedia a recontagem de 100% dos votos. A recontagem será realizada na próxima terça (18) em um centro esportivo em Quito.

Mariana Bazo/Reuters
O presidente do Equador, Rafael Correa (à esq.), e o seu aliado e vencedor da eleição, Lenín Moreno
O presidente do Equador, Rafael Correa (à esq.), e o seu aliado e vencedor da eleição, Lenín Moreno

A eleição presidencial foi vencida com 51,15% dos votos pelo candidato governista Lenín Moreno, que disputou o segundo turno contra o direitista Guillermo Lasso. Nas vésperas do pleito, pesquisas de intenção de voto indicavam que Lasso seria o vencedor.

Segundo o CNE, os votos a serem recontados foram contestados por Lasso, mas também por Moreno, que quer demonstrar ter ganhado a eleição de maneira limpa.

Lasso, que denuncia fraudes na eleição, não ficou satisfeito com a decisão de recontar os votos apenas parcialmente. "Não aceitaremos nada menos que a abertura de todas as urnas para a recontagem de todos os votos. Por isso, não validaremos com nossa presença nenhuma abertura parcial de urnas", disse o oposicionista em nota.

Para o CNE, os votos recontados são aqueles contestados com "recursos fundamentados tecnicamente", e "uma recontagem em escala nacional não tem sustentação jurídica".

Caso se confirme o resultado da eleição, Moreno deverá tomar posse em 24 de maio.


Endereço da página:

Links no texto: