Folha de S. Paulo


Governo americano envia porta-aviões e destróieres para a península coreana

AFP - 31.mar.2017/US NAVY
This US Navy photo obtained March 31, 2017 shows the Nimitz-class aircraft carrier USS Carl Vinson (CVN 70), Arleigh Burke-class guided-missile destroyer USS Wayne E. Meyer (DDG 108) and Ticonderoga-class guided-missile cruiser USS Lake Champlain (CG 57) as they participate in a photo exercise with Japan Maritime Self-Defense Force destroyers on March 28, 2017 in the Philippine Sea. The Carl Vinson Carrier Strike Group is on a western Pacific deployment as part of the US Pacific Fleet-led initiative to extend the command and control functions of US 3rd Fleet. ( / AFP PHOTO / US NAVY / MCS 3rd Class Matt BROWN / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT AFP PHOTO /US NAVY/MCS 3RD CLASS MATT BROWN - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS ORG XMIT: USS Carl Vinson (CVN 70)
Porta-aviões classe-Nimitz Carl Vinson (centro) e destróieres durante exercício no Mar das Filipinas

Menos de 48 horas depois de bombardear a Síria, o governo americano decidiu agir sobre outro tema espinhoso que domina sua agenda internacional: um porta-aviões e sua frota se dirigem à península coreana diante das ambições nucleares da Coreia do Norte.

"O Comando do Pacífico dos Estados Unidos ordenou ao grupo aeronaval do porta-aviões USS Carl Vinson que se mobilize como medida prudente para manter sua disposição e presença no Pacífico", explicou neste sábado (8) o porta-voz Dave Benham à AFP.

"A principal ameaça na região continua sendo a Coreia do Norte devido ao seu temerário, irresponsável e desestabilizador programa de testes de mísseis e sua busca pela arma nuclear", ressaltou.

A frota de ataque inclui o super-transportador de aviões USS Carl Vinson, dois destróieres de mísseis guiados e um cruzador de mísseis guiados.

O grupo aeronaval planejava fazer uma parada na Austrália, mas finalmente se dirigiu ao Oceano Pacífico ocidental a partir de Cingapura.

A Coreia do Norte realizou cinco testes nucleares, dois deles no ano passado. Uma análise de imagens de satélite sugere que pode estar preparando um sexto.

O lançamento mais recente ocorreu na última quarta-feira, quando um míssil balístico KN-15 caiu no Mar do Japão depois de sobrevoar cerca de 60 quilômetros.

O Conselho de Segurança considerou que o teste foi "uma grave violação" das obrigações da Coreia do Norte com base nas resoluções da ONU (Organização das Nações Unidas).

Funcionários de inteligência de Washington afirmam que Pyongyang pode desenvolver em menos de dois anos uma ogiva nuclear, que teria condições de atingir o território americano.

'AGIR SOZINHOS'

Aproveitando a cúpula informal realizada na quinta (6) e sexta-feira (7) na Flórida entre Donald Trump e Xi Jinping, o presidente americano pediu ao seu colega chinês que interceda para frear o programa nuclear de seu aliado.

Trump ameaçou com uma ação unilateral contra o país asiático.

Sua advertência parece mais provável depois de ordenar um bombardeio com mísseis contra uma base aérea síria na noite de quinta-feira, após um suposto ataque químico contra uma cidade rebelde que Washington atribui ao governo de Bashar al-Assad.

Pyongyang classificou no sábado o bombardeio americano de "agressão intolerável".

"A realidade atual nos mostra que temos que enfrentar o poder com poder e prova mais de um milhão de vezes que nossa decisão de fortalecer o poder nuclear foi correta", afirmou o Ministério das Relações Exteriores, citado pela agência KCNA.

De acordo com vários analistas, o ataque de Washington também enviou uma mensagem clara a Pyongyang.


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