Folha de S. Paulo


Líderes de comissão da Câmara dizem não crer em grampos contra Trump

Líderes da Comissão de Inteligência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos disseram nesta quarta-feira (15) não acreditar que o presidente Donald Trump tenha sido grampeado pelo governo durante o período eleitoral no ano passado.

O presidente da comissão, o republicano Devin Nunes, e o líder democrata do comitê, Adam Schiff, lembraram que Trump não apresentou provas sobre a suposta espionagem, que teria sido ordenada pelo então presidente, Barack Obama. O democrata nega as acusações.

Eles também disseram que pretendem ouvir representantes do FBI (polícia federal americana) e da NSA (Agência de Segurança Nacional) em uma audiência da comissão na próxima segunda-feira (20).

A investigação no Congresso sobre os supostos grampos foi aberta a pedido da Casa Branca após o presidente fazer acusações contra seu antecessor nas redes sociais.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse nesta terça-feira (14) que Trump está "confiante" de que o Departamento de Justiça vai encontrar provas para sustentar a acusação.

O departamento tinha até a última segunda-feira (13) para entregar ao Comitê de Inteligência da Câmara documentos que comprovassem a suposta ação de espionagem na Trump Tower alegada por Trump no início do mês. O órgão, no entanto, pediu mais tempo, e o comitê esticou o prazo por uma semana.

O próprio Spicer e outros assessores, porém, vinham sugerindo que as declarações de Trump sobre a suposta espionagem não deveriam ser tomadas literalmente. Na segunda (13), o porta-voz havia dito que o presidente não quis dizer que Obama havia pessoalmente ordenado a instalação de grampos nos telefones da Trump Tower, que funcionou como quartel-general da equipe de campanha de Trump, em Nova York.


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