Folha de S. Paulo


Obama nega ter ordenado que Trump fosse espionado antes da eleição

O ex-presidente Barack Obama jamais ordenou que se espionasse os cidadãos americanos, afirmou um porta-voz neste sábado (4). A declaração foi feita depois que o atual presidente do país, Donald Trump, acusou seu antecessor de grampear seus telefones durante a campanha eleitoral do ano passado.

"Nem o presidente Obama nem nenhum funcionário da Casa Branca ordenaram espionar qualquer cidadão americano", afirmou o pota-voz de Obama, Kevin Lewis, em um comunicado.

Carlos Barria/Reuters
 FILE PHOTO: U.S. President Barack Obama (R) greets President-elect Donald Trump at inauguration ceremonies swearing in Trump as president on the West front of the U.S. Capitol in Washington, U.S., January 20, 2017. REUTERS/Carlos Barria/File Photo ORG XMIT: SIN200
O ex-presidente dos EUA Barack Obama e o atual mandatário, Donald Trump, durante a posse

Trump acusou Obama de ter usado escutas telefônicas durante a campanha eleitoral do ano passado. A acusação foi feita pelo Twitter do presidente, e Trump não forneceu nenhuma prova relacionada a ela, entretanto.

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"Terrível! Acabo de saber que Obama fez escutas telefônicas na Trump Tower um pouco antes da vitória", disse. "Isso é McCartismo."

"Eu apostaria que um bom advogado poderia levar adiante um caso pelo fato de que o Presidente Obama grampeou meus telefones em outubro, antes da eleição!", escreveu em seguida.

"Como o Presidente Obama foi tão baixo a ponto de grampear meus telefones durante o sagrado processo eleitoral. Isso é Nixon/Watergate. Cara ruim (ou doente)!", complementou.

As declarações de Trump foram postadas no início da manhã, por volta das 6h do sábado, ante a avalanche de revelações sobre os contatos entre funcionários russos e seus colaboradores mais próximos, entre eles o secretário da Justiça, Jeff Sessions.

O presidente negou reiteradas vezes que tenha vínculos pessoais com o Kremlin, e seus assessores negam ou minimizam esses contatos. Mas as acusações continuam em vazamentos quase diários na imprensa, que revela novos detalhes entre os laços entre Moscou e altos dirigentes de Trump.

Antes de deixar Washington com destino a sua casa em Mar-a-Lago, na Flórida, pela quarta vez em cinco semanas, Trump acusou seus adversários políticos de empreenderem uma "caça às bruxas" sobre suas supostas relações com Moscou durante a campanha eleitoral, que o milionário nega.


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