Folha de S. Paulo


Coreia do Norte critica Malásia após morte de irmão de ditador

A Coreia do Norte "não pode ter confiança na investigação da polícia da Malásia" sobre o assassinato em Kuala Lumpur de Kim Jong-nam, meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un, declarou nesta segunda-feira (20) o embaixador norte-coreano na Malásia.

"Sete dias se passaram, mas não há nenhuma evidência inequívoca sobre as causas da morte e, no momento, não podemos ter confiança nas investigações da polícia da Malásia", disse aos repórteres o embaixador norte-coreano Kang Chol diante da embaixada.

Jung Yeon-Je/AFP
People watch a television showing news reports of Kim Jong-Nam, the half-brother of North Korean leader Kim Jong-Un, at a railway station in Seoul on February 14, 2017. Kim Jong-Nam, the half-brother of North Korean leader Kim Jong-Un has been assassinated in Malaysia, South Korean media reported on February 14. / AFP PHOTO / JUNG Yeon-Je
Pessoas assistem em Seul à notícia sobre morte de Kim Jong-nam, irmão do ditador norte-coreano

O embaixador retornava do Ministério das Relações Exteriores malaio, onde havia sido convocado depois de declarar que a investigação estava motivada politicamente e de ter acusado Kuala Lumpur de se associar com "forças hostis" à Coreia do Norte.

Após estas declarações, o Ministério das Relações Exteriores da Malásia chamou para consultas seu embaixador na Coreia do Norte.

Em um primeiro momento, após a morte de Kim Jong-nam, a polícia da Malásia informou à embaixada da Coreia do Norte que um cidadão com passaporte diplomático havia falecido de morte natural, disse Kang.

O embaixador, além disso, acusou policiais malaios de terem espancado um adolescente, filho de um suspeito norte-coreano detido em Kuala Lumpur na semana passada.

Cinco cidadãos norte-coreanos são suspeitos de envolvimento no assassinato de Kim Jong-nam, que aparentemente foi envenenado no dia 13 de fevereiro no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, onde se preparava para embarcar em um avião para Macau.

A Coreia do Sul acusado a Coreia do Norte pela morte, citando uma "ordem permanente" de Kim Jong-un para eliminar seu meio-irmão, que já havia sofrido uma tentativa de assassinato em 2012.


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