Folha de S. Paulo


Buscando acalmar parceiros, vice dos EUA promete apoio 'inabalável' à Otan

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, prometeu neste sábado (18) apoio "inabalável" do país à Otan (aliança militar ocidental), na tentativa de acalmar parceiros europeus preocupados com os rumos da administração Donald Trump.

"Esta é a promessa do presidente Trump: estaremos juntos à Europa hoje e todos os dias, porque somos unidos pelas mesmos nobres ideais –liberdade, democracia, justiça e Estado de direito", afirmou Pence diante de uma plateia formada por líderes europeus na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.

Mandel Ngan - 13.fev.2017/AFP
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, chega para encontro entre Trump e Trudeau
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence

Em sua primeira viagem ao exterior como vice-presidente, Pence também disse que os EUA "continuarão a responsabilizar a Rússia" por suas ações e manterão a ordem mundial estabelecida desde o fim da Segunda Guerra, embora desejem criar parcerias estratégicas com Moscou.

Com suas declarações, Pence busca dar uma resposta às incertezas de parceiros europeus após a chegada de Trump ao poder. O presidente americano já classificou a Otan de "obsoleta" e vem prometendo se aproximar da Rússia, embora a Europa considere que o país ameaça a segurança regional.

A chanceler alemã, Angela Merkel, que também participou do encontro, disse que valorizar a Otan faz parte dos "interesses dos EUA".

Repetindo cobranças feitas anteriormente pelo governo Trump, o vice-presidente pediu que os membros da Otan aumentem suas despesas com segurança. Os 28 integrantes da aliança militar têm o compromisso de investir ao menos 2% de seu PIB em defesa, mas apenas os EUA e quatro outros países cumprem a regra.

Segundo Pence, o fracasso em manter o compromisso "corrói as próprias bases da aliança".

Na quarta-feira (15), o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, advertiu que Washington pode "moderar o seu compromisso" com a Otan caso seus aliados não aumentem os gastos militares.


Endereço da página:

Links no texto: