O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela ratificou nesta quinta-feira (16) a condenação em primeira instância do líder opositor Leopoldo López por incitação à violência durante os protestos contra o presidente Nicolás Maduro, em 2014.
A sentença é anunciada horas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, deu apoio à soltura do adversário do chavismo, que cumpre pena de 13 anos e 9 meses de prisão desde setembro de 2015.
Segundo a corte, cuja maioria dos integrantes é ligada ao governo, os recursos apresentados pela defesa são infundados. Outros três opositores tiveram suas penas confirmadas.
Com a decisão final, o opositor fica legalmente impedido de disputar a eleição presidencial de 2018, como desejava antes de ser preso, há três anos.
O advogado de López, Juan Carlos Gutiérrez, afirma que levará o processo à ONU. A mulher do opositor, Lilian Tintori, disse que o TSJ cometeu um crime contra a humanidade."Qualquer sentença da ditadura [como a maioria da oposição chama o governo chavista] é nula. É uma injustiça."
A declaração foi dada ao chegar a Caracas, após ser recebida na quarta (15) por Trump na Casa Branca. O encontro foi intermediado pelo senador Marco Rubio, próximo aos dissidentes venezuelanos.
Em resposta à visita, a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, criticou o republicano por ter cedido ao que chamou "lobby das máfias de Miami e da oposição violenta."