A Turquia realizará um referendo em 16 de abril com proposta de mudanças na Constituição do país que pode substituir o sistema parlamentarista pela presidência executiva buscada pelo presidente Tayyip Erdogan, anunciou neste sábado (11) o chefe do comitê eleitoral.
Se aprovado, o novo sistema permitirá ao presidente emitir decretos, declarar regras de emergência, nomear ministros, dissolver o parlamento e também manter Erdogan no poder até, ao menos, 2020.
"Se Deus quiser, a Turquia entrará em uma nova era na noite de 16 de abril", declarou Numan Kurtulmus, vice-primeiro-ministro turco.
Com a reforma, além dos poderes que o presidente terá, o posto de primeiro-ministro desaparecerá e será substituído por um ou vários vice-presidentes.
Erdogan considera a revisão é necessária para garantir estabilidade à frente da Turquia, que atravessa uma onda de atentados sem precedentes e dificuldades financeiras.
Os apoiadores do presidente turco veem os planos como uma garantia de estabilidade em momento de turbulência. Opositores e ONGs temem uma queda em direção a um Estado mais autoritário.
"A palavra e a decisão estão agora nas mãos da nação", disse Kurtulmus.