Em mais um episódio de conflito de interesses da família Trump, o presidente dos EUA criticou nesta quarta-feira (8) a rede de lojas de departamento Nordstrom por não vender mais as roupas da grife de sua filha, Ivanka Trump.
"Minha Ivanka foi tratada tão injustamente pela Nordstrom. Ela é uma ótima pessoa —sempre me incentivando a fazer a coisa certa! Terrível!" disse Trump, em suas duas contas no Twitter, a pessoal e a presidencial.
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, classificou a decisão da empresa como "um ataque direto" ao presidente.
Segundo a Nordstrom, a decisão de retirar a linha de Ivanka foi baseada apenas nos números de vendas. A empresa de Ivanka não se manifestou.
A oposição criticou o presidente. "Eu acho que é inapropriado, mas ele é um presidente totalmente inapropriado, então está de acordo com quem ele é", disse a deputada democrata, Nancy Pelosi.
Para especialistas, Trump não se distanciou o suficiente de seu conglomerado empresarial para garantir que não se beneficie de decisões tomadas na Presidência.
Hoje, as empresas são administradas por seus filhos, Eric e Donald Jr. Ivanka e o marido, Jared Kushner, foram indicados para ocupar cargos de conselheiros na Casa Branca.
Em novembro, logo após a eleição do pai, Ivanka recebeu, com Trump, o premiê japonês, Shinzo Abe, enquanto negociava licenciar sua marca de roupas para uma empresa do Japão.