Folha de S. Paulo


Casa Branca acusa democratas de obstruir secretariado de Trump

A Casa Branca divulgou nesta segunda-feira (30) uma nota acusando democratas de obstruírem sistematicamente as escolhas de Trump. "O presidente Trump enfrenta obstrucionismo não enfrentado por outros presidentes", diz o comunicado.

Segundo o texto, 17 dos indicados por Trump para liderarem secretarias ou agências ainda não foram confirmados pelo Senado. Também aos 11 dias de governo, o ex-presidente Barack Obama (democrata) tinha apenas sete indicados aguardando confirmação e o ex-presidente George W. Bush (republicano), quatro.

Para um indicado assumir, ele precisa ser confirmado pela maioria dos senadores, 51. Como 52 dos 100 senadores são republicanos, os democratas podem apenas adiar as confirmações, mas não bloquear.

A nota foi uma resposta à promessa dos senadores democratas de barrar qualquer nome indicado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para ocupar a vaga existente na Suprema Corte —Trump anunciou que irá revelar o indicado nesta terça-feira (31).

Além disso, os senadores democratas também afirmaram que vão postergar a confirmação do secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, para terça-feira (7).

Carlos Barria/Reuters
 U.S. President Donald Trump signs an executive order he said would impose tighter vetting to prevent foreign terrorists from entering the United States at the Pentagon in Washington, U.S., January 27, 2017. REUTERS/Carlos Barria TPX IMAGES OF THE DAY ORG XMIT: CB05
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Para o indicado à Suprema Corte, são necessários 60 votos de senadores. No ano passado, republicanos se recusaram a realizar a votação do nome do juiz Merrick Garland, indicado de Obama à vaga deixada por Antonin Scalia, morto em fevereiro.

Democratas afirmam que essa vaga "foi roubada" e ameaçam bloquear qualquer indicado de Trump. Para isso, eles precisam de 41 votos de senadores democratas para uma manobra chamada "filibuster" que pode adiar indefinidamente a votação.

A escolha do juiz da Suprema Corte é crucial para os democratas, porque mais um magistrado conservador levará as decisões da Corte para a direita em questões como legalização do aborto, porte de armas e casamento gay.


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