Folha de S. Paulo


Trump queria decreto para proibir entrada de muçulmanos no EUA

Jonathan Ernst/Reuters
U.S. President Donald Trump, flanked by Chief of Staff Reince Priebus (R), speaks by phone with Russia's President Vladimir Putin in the Oval Office at the White House in Washington, U.S. January 28, 2017. REUTERS/Jonathan Ernst ORG XMIT: WAS915
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

Donald Trump pediu inicialmente um decreto para proibir os muçulmanos de entrar nos Estados Unidos, que o governo transformou em uma ordem que suspende a entrada no país de refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana, afirmou o conselheiro do presidente, Rudy Giuliani.

"Quando mencionou pela primeira vez disse 'banimento dos muçulmanos'", afirmou o ex-prefeito de Nova York e assessor do presidente para segurança cibernética em uma entrevista ao canal Fox News no sábado.

"Mostre a maneira de fazer isto legalmente", teria afirmado Trump a Giuliani, segundo o assessor.

Giuliani explicou que ele e uma equipe de juristas "concentraram, ao invés da religião, nas áreas do mundo que criam perigo", para redigir o decreto anti-imigração que provoca revolta ao redor do mundo.

Trump assinou na sexta-feira um decreto que suspende a entrada de refugiados muçulmanos durante 120 dias, assim como a entrada por 90 dias de cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.

Giuliani disse que estes países foram escolhidos porque são "as áreas do mundo que criam perigo para nós".

"Tem base factual, não uma base religiosa", completou.

O decreto que impede a entrada de cidadão de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen foi barrado pela Justiça Federal dos EUA na noite deste sábado (28), a pedido da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, da sigla em inglês).

A ação foi interposta depois que dois iraquianos foram detidos na noite de sexta-feira (27) no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York. O grupo estima que entre 100 e 200 pessoas foram afetadas até o momento pelo decreto.


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