Donald Trump pediu inicialmente um decreto para proibir os muçulmanos de entrar nos Estados Unidos, que o governo transformou em uma ordem que suspende a entrada no país de refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana, afirmou o conselheiro do presidente, Rudy Giuliani.
"Quando mencionou pela primeira vez disse 'banimento dos muçulmanos'", afirmou o ex-prefeito de Nova York e assessor do presidente para segurança cibernética em uma entrevista ao canal Fox News no sábado.
"Mostre a maneira de fazer isto legalmente", teria afirmado Trump a Giuliani, segundo o assessor.
Giuliani explicou que ele e uma equipe de juristas "concentraram, ao invés da religião, nas áreas do mundo que criam perigo", para redigir o decreto anti-imigração que provoca revolta ao redor do mundo.
Trump assinou na sexta-feira um decreto que suspende a entrada de refugiados muçulmanos durante 120 dias, assim como a entrada por 90 dias de cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.
Giuliani disse que estes países foram escolhidos porque são "as áreas do mundo que criam perigo para nós".
"Tem base factual, não uma base religiosa", completou.
O decreto que impede a entrada de cidadão de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen foi barrado pela Justiça Federal dos EUA na noite deste sábado (28), a pedido da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, da sigla em inglês).
A ação foi interposta depois que dois iraquianos foram detidos na noite de sexta-feira (27) no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York. O grupo estima que entre 100 e 200 pessoas foram afetadas até o momento pelo decreto.