Folha de S. Paulo


Conselheiro de segurança de Trump é investigado por contatos com a Rússia

Evan Vucci - 12.jan.2017/Associated Press
National Security Adviser-designate Michael Flynn walks in the lobby of Trump Tower in New York, Thursday, Jan. 12, 2017. (AP Photo/Evan Vucci)
O conselheiro de segurança nacional de Trump, o general reformado Michael Flynn

O conselheiro de segurança do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está sob vigilância dos serviços de inteligência por ter mantido comunicações com funcionários da Rússia, revelou o jornal "the Wall Street Journal" no domingo (22).

O jornal reportou que o conselheiro de Segurança Nacional, o general reformado Michael Flynn, que prestou juramento ao seu cargo no domingo, é investigado como parte das operações de contrainteligência das comunicações entre membros do governo russo e o círculo próximo a Trump.

Segundo o "the Wall Street Journal", não estão claras nem as descobertas da investigação, nem se ela segue em andamento.

O jornal "The Washington Post" informou recentemente que Flynn telefonou para o embaixador da Rússia em Washington, Serguei Kisliak, em várias ocasiões em 28 de dezembro, um dia antes de o então presidente, Barack Obama, anunciar novas sanções contra o Kremlin, acusado de interferir na eleição de novembro para favorecer Trump.

O porta-voz de Trump, Sean Spicer, confirmou a conversa entre Kisliak e Flynn, mas disse que "girou em torno da logística para facilitar um telefonema entre o presidente russo [Vladimir Putin] e o presidente eleito após sua posse".

A indicação de Flynn para o alto escalão do governo americano foi controversa. O militar já tachou o Islã de "ideologia política" da qual "os pais fundadores iam querer distância".

Flynn chefiou a Agência de Inteligência de Defesa no governo Barack Obama, entre 2012 e 2014, quando foi demitido por divergências com o governo. Desde então, virou um dos partidários mais leais a Trump.


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