Folha de S. Paulo


Presidente de Israel convida Trump a visitar Jerusalém

O presidente de Israel, Reuven Rivlin, convidou o recém-empossado presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a visitar o país.

"Sr. Presidente, como amigo de longa data do Estado de Israel, você ocupa agora a posição de líder do mundo livre e do aliado mais próximo e importante de Israel", afirmou Rivlin em carta datada de sexta-feira (20).

"A aliança entre nossos Estados e nossas nações não é baseada somente em amizade. Ela tem raízes em nossos valores compartilhados e nosso compromisso duradouro com a liberdade e a democracia –as pedras que estão na base de nossas sociedades."

O chefe de Estado israelense parabenizou Trump por sua posse e disse esperar recebê-lo como "hóspede em Jerusalém". Autoproclamada capital de Israel, a cidade é objeto de disputa com os palestinos, que almejam instalar ali a capital de seu eventual Estado.

A comunidade internacional não reconhece Jerusalém como capital de Israel –as embaixadas dos países que mantêm relações com o Estado judeu ficam em Tel Aviv.

O escolhido por Trump para o cargo embaixador em Israel, David Friedman, anunciou a intenção de transferir a embaixada americana para Jerusalém. Caso ocorra de fato, a mudança deve irritar os palestinos, podendo minar a posição dos EUA enquanto ator intermediário nas negociações de paz na região.

REAPROXIMAÇÃO

O governo do republicano deve promover uma reaproximação em relação a Israel. Embora a administração do antecessor de Trump, o democrata Barack Obama, tenha mantido a aliança de longa data dos EUA com Israel, houve tensionamentos com o governo de direita do premiê Binyamin Netanyahu devido a medidas como a expansão de assentamentos judaicos na Cisjordânia e as incursões militares na faixa de Gaza. Além disso, Israel foi um dos opositores mais ferrenhos ao acordo nuclear com o Irã, patrocinado pelos EUA.

Em dezembro, a representação dos EUA no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) se absteve na votação de uma resolução que condenava os assentamentos israelenses nos territórios palestinos. O gesto histórico irritou o governo de Israel, que o classificou a resolução de "vergonhosa e anti-israelense".

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