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Promessas de renovação marcam falas de Bush pai e de Obama

Reuters
O presidente George H W. Bush faz juramento ao lado da primeira-dama, Barbara, na posse em 1989
O presidente George H W. Bush faz juramento ao lado da primeira-dama, Barbara, na posse em 1989

Com alternância de poder entre republicanos e democratas, a partir do governo George H. W. Bush, em 1989, os EUA atravessaram crises econômicas e sofreram as consequências da prática de uma política externa agressiva.

Nesta sexta (20), com a saída do democrata Barack Obama, o republicano Donald Trump assume como 45º presidente norte-americano em um cenário de incertezas.

Durante seu discurso de posse em 1989, George H. W. Bush anunciou a renovação: "Sopra uma nova brisa". Porém, seguindo a política do antecessor Ronald Reagan, o republicano afirmou que a relação com a União Soviética seria baseada na vigilância. Intervenções militares também marcaram o governo de Bush pai, como operações no Panamá e a Guerra do Golfo.

SACRIFÍCIOS

Em 1993, alertando os cidadãos americanos sobre uma era de sacrifícios, Bill Clinton misturou populismo com apelos altruístas.

Dois anos após a posse, Clinton se envolveu num escândalo sexual com a então estagiária Monica Lewinsky.

No exterior, o democrata foi criticado por não agir de forma efetiva para prevenir o genocídio em Ruanda.

No entanto, em 1995, os EUA lideraram um acordo de paz para Bósnia.

Em 2001, George W. Bush prometeu trabalhar para construir uma nação unida, liderar o país com compaixão e avançar suas convicções "com civilidade".

No entanto, seu primeiro mandato foi marcado pela guerra ao terror, promovida pelo republicano, em consequência dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, de autoria da Al-Qaeda.

Depois dos atentados, Bush iniciou ações que culminaram nas invasões de Iraque e Afeganistão.

OTIMISMO

Em 2009, o primeiro presidente negro da história dos EUA, Barack Obama, celebrou sua posse falando a 1,8 milhão de pessoas em meio a um clima de otimismo.

Carismático, Obama prometeu liderar o mundo em uma nova era de responsabilidade e paz. "Rejeitamos como falsa a opção entre nossa segurança e nossos ideais", disse o presidente.

O democrata teria que enfrentar graves problemas econômicos. "Desemprego ou trabalho precário, risco de despejo e alto endividamento contrastavam com o entusiasmo dos que foram homenagear Obama no gelado Washington Mall", detalhou o enviado especial da Folha Fernando Canzian na edição de 21 de janeiro de 2009.

Durante seu mandato, Barack Obama lidou com questões delicadas como a prisão de Guantánamo e a lei da saúde acessível, conhecida como Obamacare.

Na política externa, as negociações para o fim do embargo a Cuba e a captura e morte do terrorista Osama Bin Laden tiveram repercussões positivas.

Por outro lado, Obama foi duramente criticado no caso de espionagem de líderes de Estado e pela omissão dos EUA em relação à Síria.


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