Folha de S. Paulo


Ricardo Lagos aceita indicação de partido e disputará eleição no Chile

Reuters
Former Chilean president Ricardo Lagos delivers a speech after accepting his party's nomination to run in the 2017 presidential election in Santiago, Chile January 14, 2017. REUTERS/Stringer EDITORIAL USE ONLY. NO RESALES. NO ARCHIVE. CHILE OUT. NO COMMERCIAL OR EDITORIAL SALES IN CHILE ORG XMIT: RG01
Ex-presidente chileno, Ricardo Lagos, durante convenção de seu partido, em Santiago

O ex-presidente do Chile, Ricardo Lagos, 78, aceitou neste sábado (14) a nomeação de seu partido (PPD) para concorrer à Presidência nas eleições gerais marcadas para novembro.

Lagos faz parta da ala de centro-esquerda chilena que integra a coalizão do governo da presidente Michelle Bachelet.

Ele foi o primeiro presidente socialista do Chile depois de Salvador Allende (1908-1973), que foi deposto pela ditadura (1973-1990) de Augusto Pinochet, morto em 2006.

"Sou o mesmo de sempre, com as mesmas convicções de toda a vida. Me educaram para querer e servir ao Chile", disse ao ser proclamado candidato presidencial.

Como presidente, de 2000 a 2006, Lagos foi visto como moderado, desapontando alguns setores de esquerda por não atuar fortemente para diminuir a desigualdade no Chile.

Ao lado de Alejandro Guillier Álvarez, ex-jornalista e atualmente senador, e do ex-secretário geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, Lagos aspira disputar uma primária em 2 de julho para definir quem será o candidato pela coalizão governante nas eleições gerais.

Caso vença, o ex-presidente poderá enfrentar o empresário e também ex-presidente Sebástian Piñera (2010-2014), que representa a direita e tem liderado as pesquisas com 20% das intenções de voto, mas que ainda não confirmou se será candidato presidencial.

As eleições chilenas acontecem em novembro e quem vencer tomará posse em março de 2018 para um mandato de quatro anos.


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