Folha de S. Paulo


Atirador de boate foi treinado na Síria pelo EI, afirma imprensa turca

Dogan News Agency/AFP
TOPSHOT - This hand out picture released by the Turkish police and taken from Dogan News Agency on January 2, 2017 shows the main suspect in the Reina nightclub rampage one day after a gunman killed 39 people, including many foreigners, in an attack at an upmarket nightclub in Istanbul where revellers were celebrating the New Year. The Islamic State jihadist group on January 2, 2017 claimed the shooting rampage inside a glamorous Istanbul nightclub on New Year's night that killed 39 people, as police hunted the attacker who remains on the run. With foreigners making up the majority of those killed in Sunday's attack, families were due to reclaim the bodies of more than two dozen non-Turkish and mainly Arab victims. / AFP PHOTO / Dogan News Agency / Handout / Turkey OUT
Foto divulgada pela polícia turca mostra o principal suspeito do ataque um dia depois da ação

Em meio a intensas investigações e buscas, autoridades turcas e a imprensa local divulgaram nesta terça-feira (3) novos detalhes sobre a identidade do atirador que matou 39 pessoas e feriu outras 69 durante o Ano-Novo em Istambul.

Circulava a imagem do passaporte de um suspeito, nascido no Quirguistão. A informação não havia sido confirmada, mas coincidia com os relatos iniciais de que o autor tinha origem centro-asiática. Sua mulher teria sido detida. O atirador segue foragido.

O serviço de segurança do Quirguistão afirmou que verifica o fato e mantém contato com as autoridades turcas.

Segundo o jornal "Hurriyet", o atirador havia sido treinado na Síria para combates urbanos —"ele domina o uso das armas de fogo"— e escolhido a dedo para a missão. A facção terrorista Estado Islâmico reivindicou o ataque.

O autor disparou ao menos 180 balas durante sete minutos na casa noturna Reina. Entre os 39 mortos, estão cidadãos de França, Israel, Líbano, Marrocos e Arábia Saudita.

Esse clube é conhecido pelo público, de celebridades à elite secular. Em sua nota de reivindicação, o EI afirmou ter agido contra uma celebração pagã —festas como o Ano-Novo são condenadas por extremistas religiosos.

O atirador usou carregadores duplos para otimizar o tempo de recarga e mirou sempre no tórax das vítimas, afirmaram os jornais "Hurriyet" e "Haberturk", citando fontes da investigação.

As autoridades turcas divulgaram fotos do criminoso tiradas em diferentes ocasiões. Uma delas o mostra em uma casa de câmbio de Laleli, um bairro conservador de Istambul, provavelmente dias antes do atentado.

Segundo o jornal "Haberturk", o atirador chegou em novembro passado a Konya, cidade no sul da Turquia, com sua mulher e seus dois filhos "para não chamar a atenção".

Até o momento, o nome do suspeito ou seu vínculo com o EI não foram divulgados oficialmente.

AEROPORTO

Dois cidadãos estrangeiros foram detidos nesta terça-feira no aeroporto internacional Ataturk de Istambul, informou a agência de notícias Dogan.

As duas pessoas, cuja nacionalidade não foi informada, foram detidas na entrada do terminal de partidas internacionais e transferidas ao quartel-general da segurança em Istambul.


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