Folha de S. Paulo


Kremlin exige provas de ação de hackers em vazamento de eleições nos EUA

O governo russo afirmou nesta sexta-feira (16) que os Estados Unidos precisam comprovar as acusações de que o país interveio na eleição presidencial norte-americana ao hackear organizações do Partido Democrata, ou abandonar a questão.

"Ou parem de falar sobre isto ou finalmente providenciem alguma evidência. Caso contrário, parece indecente", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista concedida em Tóquio.

Natalia Kolesnikova - 1º.dez.2016/AFP
O presidente russo, Vladimir Putin, discursa no Parlamento em Moscou
O presidente russo, Vladimir Putin, discursa no Parlamento em Moscou

A Rússia negou diversas vezes as acusações de invasão cibernética.

Segundo o Kremlin, o presidente russo, Vladimir Putin, deu "uma resposta muito clara" a Barack Obama sobre as alegações de interferência na eleição.

Ushakov argumentou que os dois líderes se encontraram na cúpula do G20, em setembro, e trataram deste tema.

"Houve uma conversa e diferentes assuntos foram discutidos. Este tema foi mencionado. uma resposta muito clara foi dada por nosso lado, que talvez não tenha se encaixado no que Obama estava tentando nos explicar", disse.

A Casa Branca relacionou Putin com os ciberataques que podem ter influenciado nas eleições que resultaram na vitória de Donald Trump.

Segundo os meios de comunicação americanos, pessoas relacionadas ao governo russo entregaram ao site especializado em vazamentos WikiLeaks e-mails hackeados das contas do ex-diretor de campanha da candidata democrata Hillary Clinton, John Podesta, e do Partido Democrata, entre outros.

A Rússia negou em várias ocasiões as acusações de que ajudou Trump. O Kremlin denunciou serem acusações "gratuitas", "não profissionais" e "infundadas na menor informação ou prova".


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