Malik Obama, meio-irmão do presidente Barack Obama, engrossou a legião de simpatizantes de Donald Trump que pede um boicote a "Rogue One: Uma História Star Wars", filme derivado da saga original de George Lucas.
"Boicotem 'Star Wars', pessoal!", pediu Malik em seu perfil no Twitter, no qual pôs como avatar uma foto em que faz o sinal de "ok" com os dedos e usa boné vermelho com o slogan "Make America Great Again", marco da campanha de Trump.
Seu tuíte vem acompanhado da hashtag #DumpStarWars (#LargueStarWars), popular entre aqueles que acreditam que o filme da Disney tem mensagens subliminares contra o presidente eleito.
A obra, que estreou na quinta (15), traz no "lado bom da força" uma inglesa (Felicity Jones) e um mexicano (Diego Luna), ajudados por dois chineses (Donnie Yen e Wen Jiang), um americano negro (Forest Whitaker) e um filho de paquistaneses (Riz Ahmed).
Grupos associados à alt-right (a dita direita alternativa, fã de posições xenófobas e racistas) não gostaram do resultado, por verem no filme uma crítica velada a Trump.
| Saul Loeb/AFP PHOTO | ||
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| Malik Obama, meio-irmão do presidente dos EUA, no último debate entre Hillary e Trump |
Roteirista de "Rogue", Chris Weitz foi alvo de fúria virtual ao tuitar em novembro, já com a vitória do republicano consolidada: "Por favor reparem que o imperador é um supremacista branco". O corroteirista Gary Whitta emendou: "Em oposição a um grupo multicultural liderado por uma brava mulher". Trump disputou a eleição com a democrata Hillary Clinton.
No Twitter, adeptos do #DumpStarWars deixaram mensagens do tipo: "Parem de usar sua agenda de multiculturalismo anti-América numa ficção científica da Disney" (mais de 6.000 curtidas e compartilhamentos).
Malik Obama, queniano radicado nos EUA, escreveu uma série de mensagens para apoiar o movimento. "O sr. Trump é maior do que 'Star Wars'", defendeu em uma delas, na semana passada.
Em julho, ele já havia manifestado seu apreço pelo então candidato republicano ("ele fala com o coração"). Em outubro, foi a um debate entre Hillary, candidata do partido de Obama, e Trump.
Nascido no Quênia e filho mais velho do pai de Obama, ele está em maus termos com o irmão famoso, de quem foi padrinho de casamento.