Folha de S. Paulo


Trump escolhe sobrinha de Romney como presidente dos republicanos

Donald Trump escolheu para presidir o Partido Republicano uma sobrinha de Mitt Romney, o ex-presidenciável que o espinafrou na campanha e que depois foi cotado para ser seu secretário de Estado.

Ronna Romney McDaniel, 43, que liderava o diretório de Michigan, foi indicada para substituir Reince Priebus, pinçado para ser chefe de gabinete do presidente eleito.

Será a primeira mulher à frente da legenda em quatro décadas —a última foi Mary Louise Smith, de 1974 a 1977.

"Líder altamente eficaz", nas palavras de Trump, ela é filha de um irmão de Romney. O ex-governador de Massachusetts capitaneou o movimento #NuncaTrump durante a corrida eleitoral, mas depois se aproximou do político de primeira viagem, com esperança de que fosse nomeado chanceler —a vaga acabou com o presidente da ExxonMobil, Rex Tillerson.

Ronna era mais calorosa do que o tio à ideia de um presidente Trump. Em outubro, removeu uma ativista do movimento ultraconservador Tea Party de seu posto no escritório republicano estadual. Wendy Day tinha se recusado a apoiar o empresário que, três semanas depois, seria eleito presidente dos EUA.

Trump não esqueceu a gentileza. "Ronna, que trabalho incrível você e sua gente fizeram. Fiquei muito impressionado com você. Ela não dormiu por seis meses", disse em passagem de sua "USA Thank You Tour" por Michigan, na semana passada.

É tradição que o presidente eleito aponte a nova cabeça do partido, mas Ronna ainda precisará ser ratificada pelos 168 membros do Comitê Nacional Republicano.


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