A rede de hotéis de Donald Trump anunciou que deixará de operar um hotel de luxo na Barra da Tijuca, no Rio, que é alvo de investigações criminais.
Christine Lin, porta-voz da rede hoteleira, disse à agência de notícias Associated Press que a decisão foi tomada devido a atrasos no desenvolvimento do projeto.
O estabelecimento, que deixará de levar a marca Trump, abriu em agosto em razão da Olimpíada, operando apenas parcialmente, com parte dos quartos ainda em obras.
Em outubro, a Procuradoria da República no Distrito Federal abriu um inquérito sobre indícios de irregularidades em torno dos negócios de Trump no Brasil.
Os investigadores suspeitam que a LSH, proprietária do hotel, tenha sobrevalorizado a renda do empreendimento para atrair investimentos de fundos de pensão. A empresa nega ter cometido irregularidades.
Eleito presidente dos Estados Unidos em novembro, Trump dirige negócios que variam desde campos de golfe a marcas de vestuário, passando por cassinos e hotéis que levam seu nome. Ele é dono de um patrimônio estimado em US$ 3,7 bilhões (quase R$ 12 bilhões).
Desafetos de Trump têm afirmado que os negócios privados dele podem gerar conflitos de interesse com a política externa de sua gestão.
Há algumas semanas, o republicano prometeu deixar de lado a direção de suas empresas enquanto estiver na Presidência.