Folha de S. Paulo


Obama pede investigação completa de ataques virtuais durante eleições

O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu que agências de inteligência americanas investiguem ataques virtuais e intervenção estrangeira nas eleições de 2016. Um relatório deverá ser entregue a Obama antes que ele deixe a Casa Branca no dia 20 de janeiro, de acordo com a conselheira de segurança nacional Lisa Monaco.

A conselheira disse as repórteres que os resultados dos relatórios seriam compartilhados com deputados e outros.

"O presidente pediu à comunidade de inteligência que fizesse uma investigação completa do que aconteceu durante a eleição de 2016, e para reunir o que aprenderem com isso para repassar a uma ampla gama de interessados, entre eles o Congresso", disse Lisa durante evento da revista "Christian Science Monitor".

KENA BETANCUR - 7.nov.2016/AFP
Presidente dos EUA, Barack Obama, com a candidata derrotada à presidência dos EUA, Hillary Clinton
Presidente dos EUA, Barack Obama, com a candidata derrotada à presidência dos EUA, Hillary Clinton

Ela afirmou que os ataques virtuais não são novidades, mas podem ter alcançado um "novo patamar" neste ano.

Lisa disse que, quando ela trabalhava com o FBI (polícia federal americana), em 2008, a agência alertou as campanhas presidenciais de Obama e de John McCain de que a China teria infiltrado em seus respectivos sistemas.

"Vimos atividade maliciosa nos sistemas virtuais em 2008 e nesta última eleição", disse.

Em outubro, o governo americano acusou formalmente a Rússia de uma série de ataques virtuais contra o Partido Republicano, pouco antes das eleições em 8 de novembro.

Obama afirmou que ele alertou o presidente russo, Vladmir Putin, das consequências dos ataques.

Questionada se a equipe de transição do presidente-eleito Donald Trump não estava suficientemente preocupada com a influência russa sobre a eleição ou sobre outras ameaças aos EUA, como surtos de doenças infecciosas, Lisa disse que era muito cedo para responder.

Como candidato, Trump elogiou Putin e convocou a Rússia para levantar e-mails de sua oponente, Hillary Clinton, do seu tempo como secretária de Estado do governo Obama.


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