Folha de S. Paulo


Trump aponta general da reserva para Segurança Interna, diz mídia

Drew Angerer-20.nov.2016/Getty Images/AFP
BEDMINSTER TOWNSHIP, NJ - NOVEMBER 20: (L to R) President-elect Donald Trump points at U.S. Marine Corps General John Kelly before their meeting at Trump International Golf Club, November 20, 2016 in Bedminster Township, New Jersey. Trump and his transition team are in the process of filling cabinet and other high level positions for the new administration. Drew Angerer/Getty Images/AFP == FOR NEWSPAPERS, INTERNET, TELCOS & TELEVISION USE ONLY ==
Donald Trump ao lado do general John Kelly em Nova Jersey, em novembro

Donald Trump terá mais um general em seu gabinete, segundo informações da imprensa americana. O presidente eleito escolheu John F. Kelly, general da reserva, para chefiar o departamento de Segurança Interna.

Ele será responsável por cumprir uma das principais promessas de Trump em sua campanha, o aumento da repressão à imigração ilegal.

Kelly, 66, é o terceiro general nomeado para o novo governo, depois de Michael Flynn, assessor de Segurança Nacional e de James "Cachorro Louco" Mattis, secretário de Defesa.

Até passar para a reserva, em fevereiro, Kelly chefiava o Comando Militar do Sul, que tem como foco a América Latina. Assim como os outros dois, ele é conhecido como um linha-dura, que discordou publicamente de posições do governo de Barack Obama, como o desejo de fechar a prisão de Guantánamo e de permitir que mulheres sirvam em unidades militares de combate.

Kelly também deixou clara sua preocupação com a vulnerabilidade da fronteira dos EUA com o México, uma das bandeiras da campanha de Trump, que prometeu construir um muro entre os países. Kelly chegou a dizer que a entrada de drogas e imigrantes ilegais pelo México é uma ameaça existencial para os EUA.

A nomeação ainda não foi anunciada oficialmente, mas é dada como certa pela imprensa. A preferência de Trump por generais já vinha causando desconforto. Outros estão cotados para o gabinete -como o ex-chefe da CIA (serviço de inteligência), David Petraeus, que pode se tornar secretário de Estado.

"Generais nem sempre são grandes membros do gabinete. E podem minar (...) o controle civil sobre a força militar", alertaram, ao "Washington Post", dois veteranos da segurança nacional, Phillip Carter e Loren Schulman.

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