Folha de S. Paulo


Forças iraquianas fecham cerco contra Estado Islâmico em Mossul

Forças iraquianas isolaram a cidade de Mossul dos outros territórios controlados pelos extremistas do Estado Islâmico (EI), fechando o cerco na segunda maior cidade do Iraque.

Esse avanço significa que os extremistas em Mossul, que podem chegar a 5.000, segundo estimativas americanas, estão cercados por todos os lados.

Hussein Malla/associated press
Homem segura a filha Amira, de 1 ano, morta por morteiro em Mossul
Homem segura a filha Amira, de 1 ano, morta por morteiro em Mossul

Ao norte e ao sul, os peshmergas (combatentes curdos) e outras tropas se aproximam da cidade, enquanto dentro de Mossul, conquistada pelo EI há dois anos, as tropas de elite iraquianas (CTS) reivindicam avanços na zona leste.

Mais de dois anos após o EI proclamar seu califado, os territórios controlados pelo grupo radical sunita diminuíram enormemente.

Mas, em Mossul, os combatentes islâmicos oferecem resistência feroz, com
ataques suicidas e bombas.

Resta ser conquistada a parte oeste da cidade. Mas nesse bairro, onde se concentra a maioria dos redutos extremistas, vielas estreitas prometem tornar a tarefa ainda mais difícil para as forças do governo e seus veículos blindados.

Os combates já deslocaram cerca de 70 mil pessoas, porém mais de 1 milhão de civis continuam presos em Mossul.

A ONU, que havia solicitado US$ 284 milhões para enfrentar a crise humanitária em Mossul, recolheu apenas dois terços deste valor, segundo um porta-voz, que acrescentou que a organização não está preparada um êxodo em massa.


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