Um dos principais conselheiros de Donald Trump na área de imigração sugeriu ao presidente eleito, na última segunda (21), "reduzir o recebimento de refugiados sírios a zero" e reativar um programa de registro de visitantes de países de "alto risco".
As propostas foram reveladas pela Associated Press, que, a partir de uma foto, descobriu os detalhes do "plano estratégico" do secretário de Estado do Kansas, Kris Kobach, para o Departamento de Segurança Interna no primeiro ano de governo Trump. Ao posar para os fotógrafos, Kobach deixou o papel com o projeto à mostra.
Kobach, que é um possível candidato a um alto cargo no governo Trump, sugere o restabelecimento do sistema NSEERS, que exige que certos imigrantes, incluindo homens e garotos de 25 países de maioria muçulmana, se registrem com o governo federal assim que chegarem ao país.
Kobach ajudou a criar o NSEERS (sistema de segurança nacional de registro de entrada e saída), que aumenta o alerta sobre estrangeiros oriundos de "áreas de alto risco", quando trabalhava para o Departamento de Justiça após os ataques do 11 Setembro.
O sistema, abandonado em abril de 2011, era altamente criticado por grupos de defesa dos direitos humanos por "perseguir" estrangeiros com base em sua raça e religião.
Segundo a Associated Press, Kobach não respondeu aos pedidos para comentar seu "plano estratégico".
Além de restabelecer o NSEERS, Kobach sugere ainda, para "barrar a entrada de potenciais terroristas", o estabelecimento de "perguntas rigorosas" para estrangeiros de "alto risco" chegando aos EUA. A ideia seria incluir perguntas sobre "apoio à Sharia (lei islâmica), jihad, igualdade entre homens e mulheres e a constituição americana".
O plano de Kobach também fala em "reduzir o recebimento de refugiados sírios a zero", usando como base a lei sobre refúgio de 1980.
Outras sugestões para o Departamento de Segurança Interna aparecem na foto cobertos pelo braço de Kobach.
A imigração foi um dos principais assuntos da campanha de Trump. Ele ainda precisa dar detalhes específicos sobre seus planos de realizar ou não as promessas sobre o tema feitas durante a disputa.