Folha de S. Paulo


Trump é presidente legítimo para 84% dos norte-americanos, diz pesquisa

Após a surpreendente vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA, 84% dos norte-americanos dizem aceitar o empresário como presidente legítimo. Entre os eleitores de Hillary Clinton, esse percentual é de 76%.

Os resultados são de uma pesquisa do Instituto Gallup, realizada em 9 de novembro, um dia após o pleito presidencial. A vitória de Trump desencadeou protestos em diversas cidades dos EUA, com manifestantes bradando "not my presidente" (não é meu presidente).

Joshua Roberts/Reuters
Donald Trump faz sinal enquanto caminha com líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, no Capitólio
Donald Trump faz sinal enquanto caminha com líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, no Capitólio

Os números são muito similares aos aferidos por George W. Bush após sua controversa vitória sobre Al Gore, em 2000. Naquele ano, a eleição foi decidida pela Suprema Corte, após uma disputa acirradíssima no Estado da Flórida. A pesquisa Gallup mostrou que 83% dos norte-americanos aceitavam Bush como legítimo presidente. Entre os eleitores de Gore, esse percentual foi de 68%.

Assim como Gore, Hillary venceu no voto popular, mas perdeu nos votos do Colégio Eleitoral.

DANOS

A campanha presidencial de 2016 foi considerada uma das mais negativas e a agressivas da história. Parte substancial dos debates e dos anúncios de ambos os candidatos foram centrados em ataques pessoais. Mesmo assim, 58% dos norte-americanos acreditam que o processo eleitoral deste ano não causou danos permanentes aos EUA, ao passo que 38% consideram que isso ocorreu.

O índice dos que acreditam que a campanha trouxe danos permanentes ao país é muito maior entre os eleitores de Hillary (60%) do que entre os de Trump (17%).

Em 2000, o Gallup encontrou números bastante parecidos, com 59% dos norte-americanos afirmando que o processo eleitoral não trouxe danos aos Estados Unidos, enquanto 39% disseram que isso ocorreu.

A pesquisa do Gallup foi realizada por meio de entrevistas por telefone, com 511 adultos dos 50 Estados norte-americanos, além do Distrito de Colúmbia. A margem de erro é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos.


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