Folha de S. Paulo


Após chamar protestos de 'injustos', Trump diz ver 'paixão pelo país'

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que os protestos contra ele são "muito injustos".

Desde que foi escolhido como sucessor de Barack Obama, várias cidades do país foram tomadas por manifestações contra ele. Nelas, "not my president" (não é meu presidente) é um dos gritos de guerra mais populares.

"Acabei de passar por uma eleição presidencial muito aberta e de sucesso. Agora, manifestantes profissionais, incitados pela mídia, estão protestando. Muito injusto!", tuitou na noite de quinta-feira (10).

Horas depois, porém, o presidente eleito mudou o tom de suas mensagens.

"Amo o fato de que os pequenos grupos de manifestantes de ontem à noite têm paixão pelo nosso grande país. Vamos todos juntos e orgulhosos!", tuitou Trump na manhã desta sexta-feira.

Há diversos focos anti-Trump espalhados pelo país –alguns resultam em incêndios e prisões, como na Califórnia, outros são mais pacíficos, como o que reuniu opositores do empresário e um caubói pelado fã dele, na frente do edifício onde mora, a Trump Tower de Manhattan.

Diretora da campanha de Trump e provável membro em seu gabinete, Kellyanne Conway também reclamou das manifestações, em entrevista à Fox News. "Pode imaginar como seria se ele tivesse perdido e as pessoas [que votaram nele] carregassem cartazes dizendo sobre Hillary Clinton: 'Não é minha presidente'?".

O presidente eleito também foi ao Twitter para elogiar o encontro que teve com Barack Obama, com quem já trocou várias farpas no passado. A reunião que deveria durar dez minutos mas acabou se estendendo por uma hora e meia.

"Um dia fantástico em Washington. Conheci o presidente Obama pela primeira vez. Reunião muito boa, ótima química. Melania [sua mulher] gostou muito da sra. O [a primeira-dama Michelle Obama]!"


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