Folha de S. Paulo


Ataque aéreo durante funeral mata ao menos 140 pessoas no Iêmen

Mohammed Huwais/AFP
EDITORS NOTE: Graphic content / Yemeni rescue workers carry a victim on a stretcher amid the rubble of a destroyed building following reported airstrikes by Saudi-led coalition air-planes on the capital Sanaa on October 8, 2016. Rebels in control of Yemen's capital accused the Saudi-led coalition fighting them of killing or wounding dozens of people in air strikes on Sanaa. The insurgent-controlled news site sabanews.net said that coalition planes hit a building in the capital where people had gathered to mourn the death of an official, resulting in
Iemenitas resgatam vítima de ataque aéreo em Sanaa

As Nações Unidas informam que, de acordo com relatórios iniciais de oficiais de saúde do Iêmen, ao menos 140 pessoas foram mortas em um ataque aéreo durante um funeral na capital Sanaa. Ao menos outras 500 ficaram feridas na ação deste sábado (8), atribuída à coalizão árabe que apoia as forças governamentais, segundo os rebeldes houthis.

Os rebeldes se apoderaram de Sanaa e controlam também outras regiões do país. O governo tenta recuperar o terreno com apoio da coalização liderada pela vizinha Arábia Saudita.

Os aviões da coalizão atacaram um edifício na capital, controlado por rebeldes, onde um grupo de pessoas tinha se reunido para prestar condolências ao pai do ministro do Interior rebelde, Jalal Al Ruishen, informou o site sabanews.net.

O local atingido pelo bombardeio fica próximo a uma grande praça pública no sul da capital. Um enorme incêndio tomou o edifício e o derrubou, afirmou uma fonte de segurança citada pela página dos rebeldes.

As equipes de resgate retiravam corpos carbonizados e tentavam acessar outros que estavam presos nos escombros, informou a AFP.

Os hospitais da região lançaram um chamado para que a população faça doações de sangue.

COALIZÃO NEGA PARTICIPAÇÃO

Fontes ligadas à coalizão árabe disseram à agência de notícias Reuters que não tiveram nenhum papel nos ataques.

"Absolutamente nenhuma operação aconteceu com esse alvo", disse uma das fontes, citando o que ele descreveu como uma confirmação do comando da força aérea da coalizão.

"A coalizão está ciente destes relatos e está certa de que outras causas para o bombardeio devem ser consideradas. No passado, a coalizão evitou essas reuniões e eles nunca foram alvos."


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