O ministro das Relações Exteriores, José Serra, elogiou nesta quinta-feira (6) a indicação do ex-premiê de Portugal António Guterres como novo secretário-geral da ONU.
Segundo ele, o português é um dos postulantes mais capacitados para o cargo e, por sua relação de proximidade com o Brasil, pode ser considerado praticamente um brasileiro.
"É um homem preparadíssimo e terá um papel relevante no mundo na próxima década. E a proximidade dele com o país é muito grande. E, para nós, é como se fosse um brasileiro", disse.
| Li Muzi/Xinhua | ||
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| O ex-premiê de Portugal António Guterres, indicado para ser secretário-geral da ONU |
O chanceler lembrou da defesa feita pelo português aos direitos dos refugiados quando foi chefe do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) e contou que enviou uma carta pessoal ao ex-primeiro-ministro parabenizando-o pela escolha.
A Assembleia Geral da ONU deve se reunir na próxima semana para aprovar a nomeação de Guterres, que irá substituir o sul-coreano Ban Ki-moon.
Ban deixará o posto no final de 2016, após dois mandatos como secretário-geral. Guterres foi primeiro-ministro de Portugal de 1995 a 2002 e serviu como alto comissário da ONU para os refugiados de 2005 a 2015.
O ministro deu entrevista à imprensa após reunião do presidente Michel Temer com o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luís Almagro.
Em abril, Almagro chegou a criticar da ex-presidente Dilma Rousseff e disse que o pedido não tinha fundamento. De acordo com Serra, o tema não foi abordado durante o encontro com Temer.
"Na vida diplomática, você nunca pega um problema anterior e sempre olha para frente", disse. "Ele ressaltou sua satisfação com a solidez do processo político brasileiro", acrescentou.