A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que vai voltar a enviar comboios de ajuda humanitária à Síria, depois de um ataque a caminhões desse tipo que matou 20 pessoas e levou a uma suspensão temporária do serviço.
Jens Laerke, porta-voz da agência de ajuda humanitária da ONU, disse que vários comboios vão partir na quinta-feira (22), mas que não irão à área de Aleppo.
Os Estados Unidos e a Rússia continuaram trocando acusações sobre a responsabilidade em relação ao bombardeio aos caminhões de ajuda.
O Exército russo afirmou que um drone dos Estados Unidos estava voando na área em que o comboio foi atacado na segunda (19). Já autoridades dos EUA disseram que dois aviões russos estavam voando na área no momento do ataque.
A Rússia nega que seus aviões ou aviões do governo sírio tenham atacado o comboio.
O bombardeio dos caminhões gerou críticas e levou a ONU a suspender a ajuda à Síria, onde cerca de 6 milhões de pessoas vivem em áreas conflagradas.
Em seu último discurso na Assembleia Geral à frente das Nações Unidas, o secretário-geral Ban Ki-moon condenou duramente o ataque "doentio, selvagem e aparentemente deliberado" ao comboio. "Justo quando você pensa que não pode ficar pior, o limite da depravação afunda mais um pouco."
Damasco respondeu, afirmando que a ONU sob Ban Ki-moon "se desviou de seu papel em encontrar soluções justas para problemas internacionais". O Ministério das Relações Exteriores sírio afirmou, em nota, que o povo sírio tem direito à autodeterminação e "não precisa do conselho de Ban".