Folha de S. Paulo


"Ainda não chegamos lá", diz Obama sobre acordo de cessar-fogo na Síria

Kayhan Ozer/Reuters
U.S. President Barack Obama (R) chats with Russia's President Vladimir Putin prior to a working session at the Group of 20 (G20) leaders summit in the Mediterranean resort city of Antalya, Turkey, November 16, 2015. REUTERS/Kayhan Ozer/Pool ORG XMIT: AA32
Os presidentes Barack Obama, dos EUA, e Vladimir Putin, da Rússia

O presidente Barack Obama afirmou que os Estados Unidos e a Rússia trabalharam neste domingo (4) para tentar finalizar um cessar fogo na Síria que permitiria a chegada de ajuda humanitária no país, devastado pela guerra.

"Ainda não chegamos lá", disse Obama a repórteres depois de um encontro com a primeira-ministra britânica Theresa May paralelalemte à cúpula do G-20 da cidade chinesa de Hangzhou, notando que tréguas anteriores não duraram muito.

Oficiais militares dos EUA e da Rússia, que apoiam lados diferentes na guerra síria, tem se encontrado nas últimas semanas para estudar os termos de um acordo.

A guerra civil matou mais de 250 mil pessoas e deslocou 11 milhões, causando uma crise de refugiados no Oriente Médio e na Europa, e contribuindo com a ascensão de grupos de militantes islâmicos.

"Temos graves diferenças com os russos não apenas em relação às partes que apoiamos mas no processo necessário para conseguirmos a paz na Síria", afirmou o presidente norte-americano.

A Rússia apoia o presidente sírio Bashar al-Assad e os EUA, forças rebeldes contra o governo.

"Se não conseguirmos algum apoio russo para reduzir a violência e diminuir a crise humanitária, é difícil ver como conseguiremos chegar a uma próxima fase", disse.

A Casa Branca afirmou que Obama e o presidente russo Vladimir Putin provavelmente teriam a chance de conversar informalmente durante a cúpula. Não foi anunciado quando esse encontro aconteceria.

Em conversa com jornalistas após encontrar o chanceler russo Sergei Lavrov, o secretário de Estado norte-americano John Kerry afirmou que alguns problemas mais sérios ainda persistiam, e que as duas partes se encontrariam na segunda para diminuir as diferenças entre as partes.

"Vamos nos encontrar amanhã cedo e ver se é possível conciliar as questões para chegarmos a uma conclusão nesses assuntos", afimou Kerry.


Endereço da página: