Folha de S. Paulo


Japonês é suspeito de matar filho de 12 anos por não estudar o suficiente

Um japonês é suspeito de esfaquear seu filho de 12 anos até a morte depois de reclamar que o menino não estava estudando o suficiente para uma prova de admissão a uma escola particular, segundo informou nesta terça-feira (23) a mídia japonesa.

Kengo Satake, 48, o pai do menino, disse à polícia que "discutiu com o filho por não estudar" antes de um teste para ingressar em uma escola de ensino médio particular, informou a rede de televisão pública NHK.

A disputa para entrar nas melhores escolas do Japão é intensa. Acredita-se que a admissão em uma instituição de prestígio tem um impacto decisivo nas perspectivas futuras de uma criança.

O filho, chamado Ryota, foi levado ao hospital no domingo (21) após o esfaqueamento, mas morreu devido à intensa perda de sangue, informou à agência de notícias AFP a polícia da província de Aichi.

"O pai esfaqueou seu filho no peito com uma faca de cozinha", disse um porta-voz da polícia, recusando-se a fornecer mais detalhes sobre o motivo do crime. O pai foi preso depois que a polícia recebeu um telefonema dos funcionários do hospital, informou.

Satake teria dito à polícia que esfaqueou o filho "por engano".

O menino tentava entrar em uma das principais escolas privadas da província de Aichi e seu pai o repreendia regularmente por seus estudos, disse a NHK, citando pessoas próximas à família.

A mãe do menino estava no trabalho quando o incidente ocorreu, informou o jornal "Asahi Shimbun".

ABANDONADO NA FLORESTA

Em junho, um garoto de sete anos foi deixado pelos pais em uma floresta como punição por seu mau comportamento. Os pais deixaram a criança na beira de uma reserva florestal e voltaram dez minutos depois, mas o menino não estava lá. Yamato Tanooka acabou perdido por seis dias.

A polícia japonesa não acusou os pais por negligência parental. O caso reflete a atitude japonesa quanto a disciplina e abusos na educação de crianças.


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