Folha de S. Paulo


Cristina Kirchner ocultou US$ 492 mi em transferências, afirma jornalista

AFP
Photo released by Telam of former Argentinian President Cristina Fernandez de Kirchner waving upon her arrival at the Madres de Plaza de Mayo Human Rights organization's headquarters in Buenos Aires on August 11, 2016. Kirchner will meet the organization's head Hebe de Bonafini ahead of the group's 2000th round in the square, where they have met every Thursday since 1977 to protest for their children missing during the last military dictatorship (1976-1983) in Argentina. / AFP PHOTO / TELAM / STR / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT
A ex-presidente argentina Cristina Kirchner acena para as Mães da Praça de Maio, em Buenos Aires

Durante o kirchnerismo (2003-2015), US$ 492 milhões foram enviados ao exterior em movimentações suspeitas por empresas e pessoas próximas aos ex-presidentes Néstor e Cristina Kirchner.

A informação é do programa "Periodismo Para Todos" (Jornalismo Para Todos), responsável pelas principais denúncias de corrupção dos governos Kirchner e veiculado por um canal de TV do grupo Clarín.

A denúncia do programa foi feita com base em documentos que sete bancos internacionais haviam enviado à Justiça americana. Segundo Jorge Lanata, apresentador de "Periodismo Para Todos", a procuradora do Tesouro Nacional durante a gestão de Cristina, Evangelina Abbona, tentou destruir os papéis, que acabaram sendo encontrados e repassados ao programa.

Abbona hoje trabalha no Ministério Público da província de Santa Cruz, que é governada por Alicia Kirchner, cunhada de Cristina. Os documentos mostram, por exemplo, que Martín Báez, filho do empresário Lázaro Báez, é beneficiário de contas na Suíça que nunca foram declaradas.

Lázaro Báez, preso desde abril sob suspeita de lavagem de dinheiro, era uma dos melhores amigos de Néstor, e suas empresas estão entre as grandes vencedoras de licitações durante o kirchnerismo. A Justiça investiga se Báez alugava imóveis e quartos de hotéis de empresas da família Kirchner como forma de pagamento de propina.

Cristina –suspeita de lavagem de dinheiro, má administração de recursos públicos e falsificação de documentos afirmou nesta segunda (22) pelas redes sociais que o grupo Clarín a denunciou, mas não apresentou nenhum documento que a relacione ao caso.

"Na reportagem [que leva o título 'Revelam que Cristina ocultou movimentações suspeitas de quase US$ 500 milhões'], não há nenhuma menção a transferências ou a contas Kirchner. Porque [elas] não existem", escreveu.


Endereço da página:

Links no texto: