George Bush está com Donald Trump, mas não é o que você está pensando. Os ex-presidentes George H. W. Bush, o pai, e George W. Bush, o filho, marcaram posição contra o candidato republicano e faltaram à convenção do próprio partido. Nada, por ora, indica uma trégua.
Outro George, contudo, está disposto a dar um voto de confiança no presidenciável republicano. Representante da nova geração do clã texano, George P. Bush é filho de Jeb Bush, ex-governador da Flórida que já foi considerado o candidato preferido da cúpula do partido e acabou derrotado por Trump nas prévias partidárias.
"Para o 'time Bush', [Trump] é uma pílula amarga de engolir. Mas sabe o quê? Você ajuda o homem que venceu e garante que conseguiremos deter Hillary Clinton", afirmou no fim de semana para republicanos de seu Estado, segundo o jornal "Texas Tribune".
O empresário já atacou a família de seu novo aliado em várias ocasiões. Em fevereiro, acusou George W. Bush de mentir sobre a existência de armas de destruição de massa no Iraque e definiu a guerra no país, iniciada pelo ex-presidente após os ataques de 11 de Setembro, como "um grande erro".
Conhecido por apelidar desafetos, Trump criou um para o irmão do ex-presidente que, segundo analistas, ajudou a afundar sua pré-candidatura: Jeb Baixa Energia. "Digamos, isto é impossível de imaginar: Jeb Baixa Energia vira presidente", disse em janeiro, num comício no Estado de Vermont.
"Olá, sou Jeb", continuou de forma cabisbaixa, imitando o então adversário, que considerava pouco energético em seus discursos –e também reticente a abraçar a herança eleitoral do clã. "Ele tem medo de usar o sobrenome. Conseguem acreditar nisso? Sou Jeb com um ponto de exclamação!"
Comissário de terras no Texas, o filho do ex-governador disse para a plateia texana que "muitos nesta sala" tinham mágoas pelas prévias. "É hora de deixar isso de lado."