Folha de S. Paulo


Clint Eastwood declara voto em Trump e o defende de acusações de racismo

Em entrevista concedida a uma revista norte-americana, o cineasta Clint Eastwood criticou as acusações de racismo contra o candidato republicano à Presidência, Donald Trump, e disse que está cansado do discurso politicamente correto.

Sem declarar apoio abertamente a Trump, e admitindo que ele falou "bobagens" em sua campanha, Eastwood disse que preferia votar nele a apoiar a democrata Hillary Clinton.

Diante da escolha entre Hillary e Trump na eleição presidencial de 8 de novembro, Eastwood disse: "Essa é difícil, não é? Eu tenho que ir para Trump... você sabe, porque ela declarou que vai seguir os passos de Obama."

Jason Reed/Reuters
O cineasta Clint Eastwood discursa durante a Convenção Republicana de 2012, na Flórida
O cineasta Clint Eastwood discursa durante a Convenção Republicana de 2012, na Flórida

Ele negou, entretanto, que esteja dando apoio ao republicano.

"Não apoiei ninguém. Não falei com Trump. Não falei com ninguém", disse.

Ator e diretor quatro vezes vencedor do Oscar, Eastwood criticou a atual geração de norte-americanos como fraca e excessivamente sensível.

"Ele está no caminho certo, porque secretamente todo mundo está ficando cansado do politicamente correto e de bajulação", disse o aclamado ator e diretor de 86 anos sobre Trump.

"Temos agora uma geração de puxa-sacos. Estamos em uma geração de maricas. Tudo mundo está pisando em ovos."

Eastwood, um proeminente apoiador do Partido Republicano que em 2012 participou da convenção da legenda para a escolha do candidato à Presidência dos EUA, fez uma avaliação dura dos norte-americanos em uma entrevista para a revista "Esquire", publicada na quarta-feira (4).

A declaração dele se torna um dos principais apoios de famosos à candidatura de Trump, depois de o Partido Democrata ter tido muito mais apoio de celebridades do que o Republicano durante as convenções que definiram os dois principais candidatos à Presidência.

"Vemos pessoas acusando outras de serem racistas e de todo o tipo de coisas. Quando eu cresci, essas coisas não eram classificadas de racista", acrescentou Eastwood.


Endereço da página:

Links no texto: