Folha de S. Paulo


Ex-presidenciável republicano censura Trump sobre críticas a pais de soldado

O candidato republicano nas eleições à Casa Branca, Donald Trump, reclamou nesta segunda (1º) de ser "violentamente atacado" pelo pai de um muçulmano morto no Iraque em 2004, enquanto servia o Exército americano, continuando a polêmica que se arrasta desde a semana passada.

Por sua reação, Trump recebeu críticas até de seus colegas republicanos, incluindo John McCain, senador e ex-candidato à Casa Branca.

Na quinta (28), durante a convenção democrata, Khizr Khan fez um discurso comovente ao lado da mulher, Ghazala, sobre a morte do filho, o capitão Humayun Khan, aos 27 anos. E dirigiu críticas ao candidato republicano.

Robyn Beck/AFP
Khizr Khan, whose son Humayun S. M. Khan was one of 14 US Muslims who died serving the United States in the ten years after 9/11 speaks during the final day of the 2016 Democratic National Convention on July 28, 2016, at the Wells Fargo Center in Philadelphia, Pennsylvania. / AFP PHOTO / Robyn BECK
Os pais de Humayun Khan, morto no Iraque, discursam em convenção com foto do filho ao fundo

"Você nunca sacrificou nada nem ninguém", disse Khizr sobre Trump, a quem acusou de "manchar a imagem dos muçulmanos".

Em resposta, durante o final de semana, Trump criticou os Khan, que emigraram do Paquistão. Nesta segunda (1º), disse: "O Sr. Khan, que não me conhece, me atacou violentamente do palco da convenção democrata e, agora, está fazendo de novo na televisão. Que beleza!".

Também nesta segunda, o senador John McCain disse que o fato de Trump ter sido indicado pelo partido como seu candidato não dá a ele "uma licença sem restrições para difamar os melhores entre nós".

E, ainda: "Eu gostaria de dizer ao Sr. e à Sr.a Khan: obrigado por terem emigrado para a América. Somos um país melhor por causa de vocês".


Endereço da página:

Links no texto: