Folha de S. Paulo


Autoridades alemãs pedem controle maior na venda de armas após ataques

Autoridades alemãs pediram, em entrevistas publicadas nas edições de jornais do país neste domingo (24), mais controle sobre a venda de armas após o ataque de um atirador na última sexta-feira (22) em Munique, que levou à morte de nove pessoas.

"Temos de continuar fazendo todo o possível para limitar e controlar rigorosamente o acesso a armas letais", disse o vice-chanceler Sigmar Gabriel à corporação Funke, que possui uma série de jornais alemães.

Gabriel disse que as autoridades alemãs estão investigando como o atirador de 18 anos de nacionalidades alemã e iraniana teve acesso a uma arma, apesar dos sinais que ele tinha problemas psicológicos significativos.

"O controle de armas é uma questão importante", disse Gabriel à rede de jornais.

O atirador Ali Sonboly abriu fogo perto de um movimentado shopping center na sexta-feira (22), matando nove pessoas e ferindo mais 27, antes de virar a arma contra si quando a polícia se aproximou.

O tiroteio de Munique foi o terceiro ato de violência contra civis na Europa Ocidental –e a segunda no sul da Alemanha– em oito dias.

O ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, disse ao "Bild am Sonntag", em uma entrevista exclusiva, que pretendia rever a legislação sobre armas após o ataque, e buscar melhorá-la onde for necessário.

Segundo o ministro, a legislação alemã já é muito rígida –o que ele considera apropriado–, e foi fundamental para entender como o atirador obteve acesso à pistola usada.

"Então temos que avaliar com muito cuidado se e onde são necessárias alterações", disse ele em uma entrevista publicada no domingo.

Ele disse que a Europa também está debatendo novas diretrizes sobre armas.


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