Folha de S. Paulo


Uruguai convoca reunião do Mercosul para superar crise sobre presidência

O Uruguai convocou uma reunião do Conselho do Mercado Comum para 30 de julho, com o objetivo de buscar uma saída para a crise gerada pela falta de consenso sobre a transferência da presidência rotativa para a Venezuela.

"Há uma situação bastante firme de cada um dos países do Mercosul, que foi expressa. Até o [dia] 30 continuaremos conversando e veremos qual é a alternativa que temos e qual é o quórum que temos", afirmou neste sábado (16) o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, ao Canal 4 de televisão.

O Conselho do Mercado Comum (CMC) é formado pelos ministros das Relações Exteriores e da Economia dos países do Mercosul. Cabe a esse colegiado "a condução política do processo de integração e a tomada de decisões para assegurar o cumprimento dos objetivos" estabelecidos pelo bloco.

Carlos Lebrato - 3.fev.2016/Anadolu Agency/Getty Images
MONTEVIDO, URUGUAY - FEBRUARY 3: A general view of the building where the meeting of Ministers of Health of the Southern Common Market (Mercosur) and Community of Latin American and Caribbean States took place in order to discuss the advance of the Zika virus in the Latin America, in Montevideo, Uruguay, on February 3, 2016. The ministers met to exchange scientific findings and coordinate countermeasures. (Photo by Carlos Lebrato/Anadolu Agency/Getty Images) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Sede do Mercosul, em Montevidéu; países estão em desacordo sobre transferência da presidência

Na segunda-feira (11), celebrou-se em Montevidéu uma tensa reunião entre representantes dos ministérios das Relações Exteriores do bloco, que terminou seu avanços para realizar a transferência da presidência.

"Estamos em um verdadeiro problema, um grande problema", acrescentou o chanceler uruguaio.

O Brasil quer que se adie até agosto a discussão da passagem da presidência para a Venezuela, enquanto o Paraguai sinalizou reiteradamente que considera que o governo de Nicolás Maduro busca silenciar seu Parlamento e que não deveria assumir a representação do bloco regional.

A transferência da presidência pro-tempore de seis meses, que segundo a norma interna correspondia agora à Venezuela, se tornou motivo de intensa discussão e expôs as diferenças entre os governos que compõem o Mercosul.


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