Três cidades da Arábia Saudita foram alvo de ataques nesta segunda-feira (4), em uma campanha aparentemente coordenada, no momento em que os sauditas se preparam para encerrar o jejum com o fim do Ramadã.
As explosões nas três cidades tiveram como alvo diplomatas norte-americanos, fiéis xiitas e o centro de segurança de uma mesquita na cidade sagrada de Medina, e aconteceram após diversos grandes atentados reivindicados pelo Estado Islâmico (EI) nos últimas dias —na Turquia, em Bangladesh e no Iraque.
Os ataques parecem ter sido marcados para coincidir com a aproximação do Eid al-Fitr, feriado que celebra o fim do jejum.
A última das três explosões ocorreu em frente à Mesquita do Profeta na cidade de Medina —a segunda cidade santa mais importante para os muçulmanos, atrás apenas de Meca—, segundo informou a emissora saudita Al-Arabiya.
A televisão exibiu imagens de chamas em um estacionamento, com pelo menos um corpo deitado nas proximidades.
Antes do atentado em Medina, um suicida explodiu uma bomba em frente ao consulado americano de Jidda, sem deixar vítimas, e outro terrorista se explodiu em frente a uma mesquita xiita na cidade de Qatif, ferindo duas pessoas.
Segundo o Ministério do Interior da Arábia Saudita, quatro integrantes das forças de segurança foram mortos e outros cinco ficaram feridos na explosão em Medina.
Os outros dois ataques suicidas não deixaram vítimas. Ainda não está claro o número de terroristas envolvidos nos três atentados.
| Stringer/AFP | ||
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| Policia faz guarda em local onde um agressor se explodiu em Jeddah, na madrugada desta segunda (4) |
Até o momento, nenhum grupo reivindicou autoria pelas explosões, mas o modo como foram feitas remete à milícia terrorista Estado Islâmico, responsável por outros ataques no país desde meados de 2014.
A polícia e grupos de voluntários locais ampliaram o esquema de segurança ao redor de mesquitas em Qatif, depois de explosões suicidas em mesquitas localizadas em áreas xiitas no ano passado, matando dezenas de pessoas.