O Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano informou nesta sexta-feira (1º) que o líder da vizinha Coreia do Norte, Kim Jong-un, engordou 40 quilos desde que assumiu o controle do país, em dezembro de 2011.
Em relatório entregue ao Parlamento, os agentes de Seul afirmam que os excessos alimentares e o abuso de bebidas alcoólicas levaram o ditador a saltar dos 90 kg da posse para 130 kg nos últimos meses.
O líder da Comissão de Inteligência do Legislativo, Lee Cheol-woo, disse que o comportamento compulsivo de Kim se deve ao estresse provocado pelos riscos a sua segurança e pelo temor da revelação de segredos de sua infância.
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O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em outubro de 2010, antes da morte de seu pai, e em maio |
Petar Kujundzic/Reuters | ||
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em outubro de 2010, antes da morte de seu pai, e em maio |
Dentre eles, o fato de que, quando era criança, o principal castigo que sua mãe lhe aplicava para tentar controlar sua teimosia era impedi-lo de comer por longos períodos de tempo.
Segundo os agentes sul-coreanos, as duas situações também teriam aumentado a insônia e a sensação de paranoia do dirigente do país comunista, assim como as doenças decorrentes da obesidade, como pressão alta.
Além da obesidade e do abuso de álcool, Kim Jong-un também é fumante. Aos 33 anos, ele parece padecer em escala maior das mesmas compulsões do pai e do avô, que o antecederam no comando do país comunista.
Tanto Kim Jong-il (1941-2011) quanto Kim Il-sung (1912-1994) sofriam de obesidade e alcoolismo e fumavam. Ambos morreram devido a ataques cardíacos, embora já tivessem mais de 70 anos no momento de suas mortes.
O relatório sul-coreano ainda mostra que o alcoolismo foi a causa do desaparecimento de outro membro da família que rege a Coreia do Norte. A tia de Kim Jong-un, Kim Kyong-hui, foi internada em um centro de reabilitação.
A informação desmente relatórios anteriores, que a davam como morta. De acordo com os agentes, ela teria começado a beber em excesso após seu marido, Jang Song-taek, ser executado em 2013 por traição e corrupção.